A escola e a busca pela integração do aluno com Síndrome de Asperger
Caro leitor,
Dando continuidade ao artigo sobre Síndrome de Asperger, veja hoje abaixo o papel fundamental que a escola exerce na integração e socialização do aluno que possui essa síndrome.
Socialização é a palavra-chave para o tratamento de pessoas com síndrome de Asperger. E a escola acaba ganhando um papel de destaque na busca pela integração.
Segundo especialistas, os educadores costumam ser os primeiros a identificar que a criança possui um comportamento diferente dos demais. Isso porque os traços característicos da síndrome ficam mais fortes quando as crianças estão na idade escolar, a partir dos três anos.
Para a psicóloga e psicomotricista relacional Clarissa Leão, a escola precisa estar atenta ao comportamento dos alunos. “Expressões mecanizadas, linguagem rebuscada, dificuldade de flexibilidade, fixação por determinado assunto, pouca interação social e talentos inexplicáveis”, exemplifica Leão.
Uma grande dificuldade para perceber a criança com síndrome de Asperger é o seu alto nível de aprendizado. “No aspecto cognitivo da aprendizagem, as crianças com esta síndrome costumam ter um nível de médio a alto”, diz. Isso acaba confundindo os pais e professores. “Eles pensam que a criança que tira boas notas dificilmente terá problemas“, alerta.
Para a pedagoga Luciana Pafume, o educador deve aproveitar a linguagem rebuscada e o interesse aprofundado sobre determinado assunto do portador da síndrome para gerar mais conhecimento para toda a turma. “O aluno deve estar sempre integrado a novas realidades e nunca pode ser retirado do seu espaço social”, afirma. O professor também deve estar atento a não expor a criança a situações de constrangimento. “Conhecer mais sobre a síndrome vai facilitar o professor a identificar quando se trata de timidez ou de um problema mais sério”, adverte Leão.
Sobre a grande incidência de crianças com síndrome de Asperger serem alvos fáceis de bullying. Luciana acrescenta que o educador deve estar atento à forma como os outros alunos reagem às diferenças. “Surge então uma boa oportunidade para abordar assuntos como cidadania e diferenças e formar uma nova geração“, ensina.
Fonte: http://opovo.uol.com.br/
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