Estatuto da Pessoa com Deficiência deve ser aprovado ainda neste ano
Presidentes da Câmara e do Senado se comprometem com a aprovação do Estatuto da Pessoa com Deficiência ainda neste ano. A proposta (PL 7699/06) tramita no Congresso desde 2006. Um substitutivo foi apresentado, nesta terça-feira, resultado de um grupo de trabalho que aperfeiçoou o texto com base na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.
Na apresentação do novo texto, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, destacou que a medida vai beneficiar diretamente cerca de 46 milhões de brasileiros que se declararam com alguma deficiência no último censo do IBGE.
“Em termos de direito ao trabalho, educação, autonomia. O projeto de lei precisava ser melhorado e a Câmara e o Senado aceitaram trabalhar a melhoria do projeto de lei juntamente com o poder Executivo, o Ministério Público, juízes e a sociedade civil. É esse o trabalho que estaremos realizando, valorizando as pessoas com deficiência como cidadãos brasileiros. Vai ser muito importante votar essa matéria”.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, designou a deputada Mara Gabrilli, do PSDB paulista, como relatora da proposta, com o compromisso de que apresente seu parecer até outubro, a fim de dar tempo para que o Senado conclua a tramitação da proposta neste ano. Alves lembrou que mais de 200 projetos de lei tramitam no Congresso sobre o tema e se desculpou pela demora dos parlamentares em aprovar um texto definitivo.
“Nós temos que pedir desculpas à sociedade brasileira por tanto tempo e tantos projetos sem conseguir finalizá-los. É uma questão de enxergar as pessoas com deficiência com respeito, carinho, reconhecimento e solidariedade. É uma questão de respeito e justiça”.
Além do Estatuto da Pessoa com Deficiência, o presidente do Senado, Renan Calheiros, informou que projetos de combate à tortura e à homofobia serão priorizados na agenda do Congresso.
De Brasília, José Carlos Oliveira
Fonte: Câmara dos Deputados
Espero que realmente funcione! Tenho um filho de 9 anos com Síndrome de Down, e estou fora do mercado de trabalho por não conseguir inclusão na rede municipal de ensino da cidade onde moro (Jaguariúna-SP). Atualmente ele frequenta apenas a Apae (meio período). Precisei entrar na Justiça para tentar uma vaga no contra turno da Apae. Ainda não obtive resposta (justiça gratuita). Fazendo um mês mais ou menos. Cadê a tão falada INCLUSÃO SOCIAL? O que a Secretaria de Educação alega? Não existir profissionais capacitados para atendê-lo. Enquanto isso vivemos passando privações e humilhações. Sinceramente, o que sinto diante de tudo isso é condenação! Infelizmente, parece que eu e meus filhos (sou divorciada) fomos condenados pela sociedade por ter um ser especial na família.
Espero que venha esse Estatuto para auxiliar principalmente as famílias mais carentes, porque a sociedade me nega o direito ao trabalho, tirando assim minha dignidade como pessoa humana, sem poder acessar, nem pela Lei que garante isso uma qualidade de vida melhor para meu filho e consequentemente para todos.