“Feliz Ano Velho”: Conheça a história do jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva
Marcelo Rubens Paiva sofreu um acidente que o deixou tetraplégico (hoje, com muita fisioterapia, voltou a locomover as mãos e os braços). Em 1979 escreveu em livro a sua história, Feliz Ano Velho, publicado em 1983, que foi traduzido para muitos países. Segundo o livro, seu acidente decorreu de um salto de uma Ponte, na qual fraturou uma vértebra ( 5ª Cervical ) do pescoço ao chocar a cabeça em uma pedra. O livro virou peça dirigida por Paulo Betti e também filme. Ele estudou na USP e Unicamp. Ganhou os prêmios Jabuti e Moinho Santista.
Outras obras que escreveu são, pela ordem, Blecaute (1986), Ua:brari (1990), As Fêmeas (1992), Bala na Agulha (1994), Não és Tu Brasil (1996), Malu de Bicicleta (2004), O Homem que Conhecia as Mulheres (2006) e A segunda vez que te conheci (2008). Todos são editados pela Editora Objetiva.
Desde 1989, depois que estudou dramaturgia no CPT do Sesc, em São Paulo, ele estreou no teatro com a peça 525 Linhas, dirigida por Ricardo Karman. Em 1998, estreou E Aí, Comeu?, peça dirigida por Rafael Ponzi, que depois mudou de nome pra Da Boca Pra Fora. Com ela, ganhou o Prêmio Shell, melhor autor, em 2000.
Nos anos 90 chegou a apresentar um programa de entrevistas na TV Cultura de São Paulo, o já extinto Fanzine.
Rafael Ponzi ainda dirigiu suas peças Mais-que-Imperfeito (2001) e Closet Show (2003). Adaptou o livro As Mentiras que Os Homens Contam. Em 2003, estreou a peça No Retrovisor, com Marcelo Serrado e Otávio Müller, dirigida por Mauro Mendonça Filho. Em 2006, fez a peça Amo-te, dirigida pelo mesmo Mauro Mendonça.
Em 2002 passou a trabalhar para o jornal O Estado de São Paulo como colunista aos sábados do caderno cultural, Caderno 2, e blogueiro do portal www.estadao.com. Ganhou o prêmio TopBlog de melhor blog de comunicação em 2006.
A peça E aí, Comeu? virou filme e também série com o mesmo elenco do canal Multishow em 2016. A peça No Retrovisor virou filme em 2015, com o nome Depois de Tudo. Ambas as peças foi ele quem roteirizou para o cinema.
Foi quatro vezes finalista do prêmio de melhor roteiro pela Academia Brasileira de Cinema em 2013, 2014, 2015 e 2016. Ganhou o prêmio Cinema da Academia Brasileira de Letras em 2012 pelo roteiro de Malu de Bicicleta.
A partir de 2009, passou a dirigir suas próprias peças. A primeira experiência foi com A Noite Mais Fria do Ano, com Hugo Possolo, Paula Cohen, Alex Gruli e seu amigo e também dramaturgo Mário Bortolotto Dirigiu depois as peças O Predador Entra na Sala, de sua autoria, e Deus É Um DJ, peça que traduziu. Casou-se com filósofa Silvia Feola.
Em fevereiro de 2014, nasceu Joaquim. Em junho de 2016, nasceu seu segundo filho, Sebastião. Escreveu o livro infantil Um Drible, Dois Dribles, Três Dribles pela Cia das Letrinhas. Escreveu outro livro infantil, O Menino e o Foguete, para a plataforma do Itaú no Facebook, vencedor do Jabuti.
Em agosto de 2015, é publicado Ainda Estou Aqui, ganhou seu terceiro Prêmio Jabuti, e foi indicado aos prêmios Oceanos e Governador do Estado. O livro trata da história da sua família, do assassinato do pai, Rubens Paiva, e da trajetória de Eunice Paiva, que denunciou o desaparecimento do marido por décadas e lutou pelos direitos indígenas.
Em 2016, publicou Meninos em Fúria, sobre o movimento do punk rock brasileiro dos anos 1980 e Clemente, da banda Os Inocentes. No romance, retoma os anos de Feliz Ano Velho e conta como escreveu o livro, enquanto estudava na USP e namorava Fernanda, uma garçonete de baladas punks.
Os livros Feliz Ano Velho e Blecaute foram publicados inicialmente pela Editora Brasiliense. Atualmente, Marcelo é contratado da Editora Companhia das Letras. É muito atuante nas redes sociais. Foi eleito a sexta personalidade politicamente mais influente do Twitter brasileiro.
Marcelo Rubens Paiva foi um dos diretores artísticos da cerimônia oficial de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Nesse mesmo ano, recusou-se a receber a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, afirmando que só aceitaria uma homenagem vinda de “um governo eleito pelo voto direto”
De 2017 a 2019, apresentou, com o locutor e músico Zé Luiz, o ex-futebolista e comentarista esportivo Walter Casagrande e o músico Branco Mello o programa de rádio Rock Bola, da rádio 89 FM a Rádio Rock, que mistura música, futebol e humor.
Em 2018, a banda Titãs (da qual seu colega do Rock Bola Branco Mello faz parte) lança sua ópera rock Doze Flores Amarelas, cuja história é coescrita por ele, Hugo Possolo e o próprio grupo. Lançou em 2018 uma sátira política chamada Orangotango Marxista. Em 2019, lançou o livro de crônicas O Homem Ridículo.
Em 2018, separou-se da filósofa Silvia Feola.
– “Eu jamais poderia imaginar que, ao mergulhar, encontraria no fundo do lago meu verdadeiro destino”. – extraído do folheto publicitário do filme.
Fontes: Wikipédia e Blog do Estadão: http://blog.estadao.com.br/blog/marcelorubenspaiva/
Livro Feliz Ano Velho
Sinopse do livro
Mário, um jovem estudante de 20 anos, filho de um deputado socialista desaparecido depois de ser preso pela ditadura militar, dá adeus à sua adolescência ao mergulhar e bater a cabeça em uma pedra no fundo de um lago, tornando-se paraplégico.
Agora cadeirante, o que era visto como difícil fica pior. Assim, diante do que parecia o fim, começa a reviver sua vida antes e depois do acidente, com suas aventuras de infância e adolescência, típicas de um garoto que adorava pegar ‘onda’ e tinha uma banda de rock, bem como, seus dias no hospital e fora dele.
Ao resgatar os momentos importantes de seu passado, ele termina por descobrir uma nova força em sua vida.
Críticas
Baseado na autobiografia do escritor Marcelo Rubens Paiva, “Feliz Ano Velho” procura mostrar a capacidade de superação de um jovem marcado por tragédias, como a perda do pai, de forma violenta, e o acidente que o deixou paraplégico.
Realizado pelo cineasta Roberto Gervitz, que também assina o roteiro, o filme tem vários pontos altos, dentre os quais acham-se, além do ótimo trabalho de Gervitz, a excelente fotografia de César Charlone e a bela música de Henrique Xavier. Seu elenco conta com nomes de peso como Eva Wilma, Marco Nanini, Isabel Ribeiro, entre outros. Malu Mader, em sua segunda aparição no cinema, aos 20 anos, e Marcos Breda também apresentam boas atuações.
Assista o vídeo sobre entrevista com Marcelo Paiva.
Fonte: http://www.65anosdecinema.pro.br/
me emociono com historias de superaçao de deficientes fisicos parabens
Realmente as histórias das pessoas com deficiência nos emocionam e nos encorajam!
vc é um vencedor se encontrar dificuldades faça delas degraus para cada vez mais vencer
Acabei de ler seu último livro, parabéns pela coragem e determinação de transformar sua vida sem revanchismo e repleta de felicidade.