Fernando Fernandes perde o voo e denuncia falta de estrutura de companhia aérea
Atleta paraolímpico desabafa nas redes sociais
Na noite de sexta-feira (17), Fernando Fernandes fez um desabafo em sua página do Facebook, logo depois que perdeu seu voo por conta da falta de estrutura para embarque de cadeirantes.
O atleta paraolímpico não recebeu nenhum tipo de ajuda para subir à aeronave e teve de aguardar outro voo para seguir viagem e postou um vídeo contando o ocorrido.
“Indignação !!! Depois de passar vários minutos na porta da aeronave e ser impedido de subir pois a TAM não possui Ambulift e nenhum outro sistema para que possa entrar na mesma. E os funcionários não podem auxiliar pois essas são as novas regras na ANAC. Para não causar transtorno aos outros passageiros decidi então que perderia esse voo e com muito constrangimento peguei o próximo. Quero agradecer a todos pelas palavras e opiniões e tenha certeza que irei atrás dos meus direitos pois se eu me calar nesse momento estarei tirando voz de uma grande parcela da sociedade que às vezes não tem a força necessária para lutar contra esses ‘ambiciosos canibais’ que colocam os valores financeiros à frente do respeito ao Ser humano !!!”, escreveu ele.
Fernando Fernandes ficou paraplégico depois que sofreu um acidente grave de carro, em 2009. Depois de se recuperar, o modelo iniciou os treinos de canoagem em Brasília, enquanto seguia com sua reabilitação e, desde então, tem conquistado vários títulos na modalidade, entre eles, o de campeão mundial e bicampeão sul-americano de canoagem paraolímpica.
A assessoria de imprensa da TAM entrou em contato com O Fuxico, para esclarecer o assunto, informando que a empresa aérea segue as normas estabelecidas pela ANAC e também afirmou que está entrando em contato com Fernando Fernandes para esclarecer o ocorrido.
“A TAM Linhas Aéreas lamenta o episódio e informa que entrará em contato com o cliente para avaliar o ocorrido. A empresa ressalta que segue rigorosamente as normas estabelecidas pela resolução 280 da ANAC que dispõe sobre os procedimentos relativos à acessibilidade de passageiros com necessidade de assistência especial”, diz a assessoria.
De acordo a resolução, em vigor desde janeiro de 2014, é obrigação dos aeroportos ter um ambulift para atender passageiros com necessidades especiais. Também é estabelecido a proibição de carregar manualmente o passageiro, exceto nas situações que exijam a evacuação de emergência da aeronave. Ainda segundo a norma, os aeroportos com movimento superior a 2 milhões de passageiros são obrigados a dispor do equipamento e aqueles que descumprirem a lei estão sujeitos à multa de até R$ 25 mil.
Fonte: O Fuxico
Isso é uma vergonha, saber que pagamos impostos como qualquer um. Não basta ser especial ainda ter que passar por um constrangimento desse. Hoje ele passou por isso, amanhã pode ser qualquer um desses que não fizeram nada por este cidadão. Acham fácil ser deficiente. É porque nunca passaram por isso. Eles são seres humanos como qualquer um. Devem ter mais respeito com essas pessoas e que eles tenham seus direitos.
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Espero ter ajudado.
Abraço!