Política Inclusiva

Governo do Reino Unido quer cortar benefícios de PcDs e gera revolta

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O governo britânico anunciou, segundo o site AFP, que pretende fazer grandes cortes nos benefícios pagos a pessoas com deficiência. A justificativa é economizar dinheiro e reorganizar o sistema de assistência social do país. A notícia foi divulgada nesta terça-feira (18) pela ministra Liz Kendall no Parlamento do Reino Unido.

O plano do governo é economizar mais de 5 bilhões de libras (cerca de 37 bilhões de reais) até 2030. Para isso, querem tornar mais rígidos os critérios para que as pessoas com deficiência tenham acesso ao benefício chamado Personal Independence Payment (PIP) — um tipo de ajuda financeira usada para cobrir custos relacionados à condição de saúde da pessoa.

Atualmente, 3,6 milhões de pessoas recebem o PIP, e cerca de 38% desses casos são relacionados à saúde mental, como ansiedade ou depressão. Muitas dessas pessoas continuam trabalhando, mesmo com a ajuda do benefício.

O governo afirma que o sistema atual está muito caro e que muitas pessoas poderiam estar trabalhando, mas continuam recebendo o auxílio. Por isso, eles querem reformular o programa para garantir que “chegue a quem realmente precisa”. Porém, membros do próprio partido do governo — o Partido Trabalhista — estão criticando fortemente essa decisão.

A deputada Rachael Maskell alertou que os cortes podem ter consequências trágicas, colocando muitas pessoas com deficiência em situação de pobreza ainda maior. Outro deputado, Clive Lewis, afirmou que a proposta fere os valores sociais pelos quais o partido foi eleito.

Em 2023 e 2024, o Reino Unido gastou cerca de 296 bilhões de libras em benefícios sociais, o que representa 11% do PIB do país. Mesmo com esse gasto alto, especialistas e representantes da sociedade civil afirmam que cortar apoios a pessoas com deficiência não é o caminho certo para resolver a crise econômica.

Reflexão

Cortar benefícios de quem mais precisa não é solução, é retrocesso.
Pessoas com deficiência enfrentam desafios constantes e precisam de apoio para viver com dignidade, autonomia e igualdade. As políticas públicas devem ser pensadas para incluir, proteger e fortalecer, nunca para excluir.

No Brasil, assim como no Reino Unido, vivemos tempos difíceis. Barreiras no acesso à educação, saúde, transporte e trabalho ainda são realidade para muitas PcDs. Os benefícios sociais, muitas vezes, são insuficientes diante do alto custo de vida. Falta investimento, falta escuta e, principalmente, falta compromisso real com a inclusão.

É hora de repensar prioridades. Políticas públicas devem ser construídas com participação social e sensibilidade às necessidades das pessoas com deficiência.

Agora queremos ouvir você:
O que acha das medidas do governo britânico?
Como podemos, juntos, defender os direitos das PcDs em meio a tantos desafios?

Compartilhe, comente e fortaleça essa conversa. A inclusão começa com a consciência coletiva.

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

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