Jovem surda teve intérprete de língua de sinais durante a gravidez e parto, no Chile
Estefanía Zapata Aviléz (24) e Rodrigo (33), casal de surdos do Chile, foram protagonistas de uma história sem precedentes no país, já que tiveram a oportunidade de contar com a assistência de um intérprete de língua durante a gravidez de Estefanía, proporcionando um momento único.
Assim, Silvia Leiva Henríquez, voluntária por mais de uma década da Ascoy (Associação dos Surdos de Coyhaique), tomou conhecimento do caso de Estefanía Aviléz e decidiu ajudá-la, à qual acrescentou o apoio do aparato estatal através de sua atuação como Coordenadora do Instituto Regional da Juventude Nacional, com o objetivo de abrir um precedente e promover uma mudança nesse tipo de inclusão.
“Conheço perfeitamente as limitações de comunicação que a comunidade surda tem, por isso decidi ajudar a Estefanía, porque muitas mães como ela enfrentam um processo que não entendem e que pode ser realmente traumático sem a devida assistência”, expressou Silvia Leiva, que tem sido um apoio para que esta mãe tenha acesso à informação do processo “e que, graças ao apoio do Hospital Regional de Coyhaique, esta assistência possa ser alcançada e tenha sido um sucesso, para o qual todos nós que participamos estamos muito gratos “, afirmou Silvia.
Estefania, por outro lado, se sente bem depois da cesárea e manda uma mensagem: “Espero que, no futuro, mulheres jovens tenham confiança na gravidez e peçam o apoio de um intérprete. É difícil para os surdos terem acesso a uma comunicação rápida em várias áreas, porque precisamos da presença da Língua de Sinais e eu sou a primeira surda grávida que tem esse apoio e agradeço-lhes por isso “, explicou Estefanía Aviléz.
“Quero que minha história sirva para que no país nunca mais um surdo vivencie processos tão importantes sem informação”, disse Estefanía, e essas palavras sem dúvida geraram um eco no governo, que busca através dessa experiência fornecer apoio a todas mulheres que precisam da língua de sinais nesses casos.
Foi esta mensagem que Estefanía Aviléz comunicou à sua família segundos antes de entrar no pavilhão do Hospital Regional de Coyhaique, por volta das 10 horas da manhã de sábado, para que 50 minutos depois seus pais pudessem encontrar Fabiana, que pesava 2.960 gramas e mede 48 centímetros, tornando-se um ícone de inclusão graças solidariedade de uma voluntária.
Que esse exemplo de inclusão e solidariedade sirva de inspiração ao mundo inteiro.
Tradução Vera Garcia (Blog Deficiente Ciente Via Redaysen