Jovens superam paralisia cerebral e surpreendem em Juiz de Fora
Uma é escritora e a outra está no último período do curso de Pedagogia.
Duas jovens de Juiz de Foradiagnosticadas com paralisia cerebral ainda na infância têm surpreendido a família, os professores e os próprios pais. Uma delas escreveu um livro e a outra está no último semestre do curso dePedagogia. Carolina Monteiro, chamada carinhosamente de Carol, e Nathália Resende são protagonistas de histórias diferentes, mas que carregam algo comum: a superação.
A paralisia cerebral não afetou a inteligência da Carol. Muita gente confunde, mas os pais dela sempre souberam da capacidade da filha. Foram grandes incentivadores para que ela se tornasse uma escritora. “Tudo é possível é só tentar”, são essas palavras que encerram uma história de ficção produzida com apoio da professora.
“O Mistério Em Vancouver” é um romance que conta a aventura de três amigos para encontrar o avô de um deles. A ficção revela uma realidade: é sim possível superar as barreiras da paralisia cerebral, como contou a professora. “Eu sempre percebi que a Carol tinha realmente um talento para escrever. Além do talento ela sempre demonstrou vontade”, disse Joelma Vaz.
Antes Carol nem tinha muito interesse em computador. O livro fez com que ela quisesse ganhar mais liberdade para expressar suas ideias. E já vem outro livro por aí. “Ela não quer ficar só com uma obra, já estamos trabalhando em outro projeto idealizado por ela mesma”, completou a professora.
Nathália
A paralisia cerebral afetou a coordenação motora de Nathalia, mas não a imensa vontade de aprender e de se superar. Quando Nathalia nasceu, os médicos disseram que ela não iria andar. A luta começou nos primeiros dias de vida e hoje ela caminha não só por todos os cantos, mas também em busca dos sonhos. A jovem está no penúltimo período da faculdade, falta apenas um semestre para ela se tornar uma pedagoga.
Nos livros ela descobriu a vontade de ensinar. E agora a vontade é de ser professora de música. “Vou querer ensinar música”, disse em entrevista ao MGTV.
Mesmo sabendo do diagnóstico, quando entrou para a faculdade, os professores não pouparam Nathalia de cumprir todas as exigências do curso. “Nós pedíamos e cobrávamos porque tínhamos certeza que ela conseguiria. O desenvolvimento dela e principalmente no final é visível, eu penso que muito em função da determinação”, disse a professora Elisamara Talmas.
Fonte: G1