Lei de cotas é parcialmente respeitada
Apesar de existir há 18 anos, apenas há 8 as empresas se adequam e preenchem de fato as vagas de pessoas com deficiência
Há 18 anos, a lei que determina cotas para pessoas com deficiência em empresas com mais de 100 funcionários entrava em vigor, mas até hoje não é plenamente respeitada. O coordenador de Acessibilidade da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marco Pellegrini, explicou que as empresas demoraram a cumprir a lei.
“Esse assunto chegou ao limite, as empresas somente agiram a partir da fiscalização e autuação do Ministério Público do Trabalho e da Superintendência Regional do Trabalho. Há oito anos, a fiscalização aumentou e, com isso, 50% das vagas foram preenchidas.
O fato é que hoje a empregabilidade das pessoas com deficiência começa a ser assimilada, as ajudas técnicas necessárias e a remoção de barreiras arquitetônicas estão sendo realizadas.”
Capacitação é fundamental
Para que a pessoa com deficiência seja inserida no mercado de trabalho é necessário que entidades ou empresas ofereçam cursos de capacitação.
O presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Sidnei Muneratti, afirmou que o preparo é necessário. “Cada vez mais, empresas desenvolvem cargos, funções e oportunidades para as pessoas com deficiência, tendo em vista os seus desempenhos produtivos e suas dedicadas competências.
Mas é fundamental que a pessoa com deficiência faça cursos de capacitação e aprenda o ofício, porque algumas dificuldades que percebemos é a falta de qualificação profissional.”
A Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência) tem 33 cursos e algumas oficinas, como de prática administrativa e padaria. A psicóloga Tieli Krug Marçon, 31anos, explicou que a Avape oferece outros serviços para incluir o deficiente.
“Realizamos consultoria nas empresas parceiras, para que tenham as condições e adaptações para receber a pessoa com deficiência.”
O jovem Fabiano da Silva Teixeira,18 anos, faz a oficina que simula uma linha de produção há três meses. “Não vejo a hora de trabalhar em uma empresa. Me dedico para aprender ao máximo, quero ter a minha independência financeira.”
Fonte: http://www.redebomdia.com.br/
Referência: Inclusive-Inclusão e Cidadania
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