Mais de 1 bilhão de pessoas têm deficiência, diz relatório da ONU
A Organização Mundial da Saúde e o Banco Mundial pedem que os governos facilitem o acesso destas pessoas a serviços básicos e invistam em programas que desenvolvam seus potenciais.
Genebra – Mais de um bilhão de pessoas – aproximadamente 15% da população mundial – são portadoras de algum tipo de deficiência, e 20% delas enfrentam grandes dificuldades em seu cotidiano, revelou nesta quinta-feira um relatório conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Banco Mundial (BM).
O documento, o primeiro de caráter global publicado sobre o tema em 40 anos, destaca que poucos países contam com mecanismos adequados para responder às necessidades dos portadores de deficiência.
O número de pessoas com necessidades especiais, além disso, aumenta devido ao envelhecimento da população e da maior ocorrência de problemas de saúde crônicos, como diabetes, doenças cardiovasculares e mentais.
Grande parte dessas pessoas – entre 110 milhões e 190 milhões – enfrenta ainda barreiras que vão desde a discriminação até a ausência de serviços adequados de atendimento sanitário e reabilitação, passando por sistemas de transporte e edifícios inacessíveis.
(Veja: 80% dos deficientes residem nos países mais pobres)
Dessa forma, essa parcela representativa da população não tem acesso a um sistema de saúde de qualidade, tem menos sucesso nos estudos e possibilidades de emprego, além de sofrer com maiores taxas de pobreza.
“Devemos fazer mais para romper as barreiras que segregam essas pessoas, em muitos casos excluindo-as da sociedade”, disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan.
Para isso, a OMS e o BM pedem que os Governos acelerem seus esforços para permitir aos portadores de deficiência acessar serviços básicos, além de investir em programas especializados que permitam a estas pessoas desenvolverem seus potenciais.
O estudo ressalta que nos países mais pobres as crianças com necessidades especiais têm menos possibilidades de se manterem escolarizadas que as demais.
Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico a taxa de portadores de deficiência inseridos no mercado de trabalho é de 44%, o que representa pouco mais da metade do que a das pessoas sem necessidades especiais (75%).
O estudo mostra ainda alguns exemplos positivos, entre eles Curitiba, com seu sistema público de transporte integrado que facilita o acesso dos portadores de deficiência adotando um design universal e conscientizando motoristas.
Em Moçambique e Tanzânia, oficinas sobre linguagem Braille e de sinais garantem que as mensagens de prevenção contra a aids cheguem aos jovens com necessidades especiais.
Fonte: Estadão (09/05/11)
Referência: Blog Ligeirinho do Rádio
Em relação ao título da matéria e no corpo do texto, apesar do acordo com a Convenção da ONU e a Legislação Nacional do Brasil, muitos jornalistas ainda continuam utilizando a terminologia incorreta. Não se usa mais o termos “portadoras ou portadores de deficiência”, “pessoas com necessidades especiais”, mas sim “pessoa com deficiência” (Nota do blog)
Veja:
Votei no “Top Blog”. Tomara que ganhem e o blog ganhe mais visibilidade. No que depender de mim terá, compartilho sempre as postagens no meu FB!
Bjkas!
Muito obrigada, Mary!
Beijos!
Vera, gostei da sua observação final a respeito dos termos utilizados, assim fica bem melhor e os leitores vão adotando a terminologia correta.
Já votei em seu blog. Beijos e fica com Deus.
Obrigada, Ari. Realmente tive essa preocupação, porque infelizmente muitos jornalistas ainda não conhecem a terminologia correta.
Beijos!
Concordo com vc. Vera, devemos utilizar o termo correto.
Obrigada pelas informações.
Abçs
Por nada, Cristina.
Abraços!