Minha Primeira Vitória
Devido a minha vontade resoluta para aprender a datilografar, minha mãe fez minha matrícula em um curso de datilografia.
No primeiro dia de aula, a professora do curso perguntou como eu iria fazer para datilografar, respondi que possuía uma única mão, e poderia datilografar sem problemas. Engraçado que eu falei que digitaria com uma só mão, como se fosse a coisa mais natural do mundo. A frase da professora não representou nenhum obstáculo, o meu objetivo era aprender, e eu estava ali para isso.
Não foi nada fácil lidar com aquela gigantesca máquina de escrever do curso de datilografia. Quem passou por isso na década de 80 sabe do que estou falando. Me sentia perdida no meio daquilo tudo, mas minha vontade de aprender era muito maior do que a minha vontade de desistir. “Querer é poder” não é o que diz uma das máximas mais citadas.
Lembro-me do dia em que pedi insistentemente ao meu pai para comprar uma máquina de escrever, para que eu pudesse treinar as lições do curso em casa. Meu pai, para me ver feliz, comprou com muito sacrifício, a tal da máquina. Fiquei deslumbrada quando ele entregou-me a máquina de presente. Dzia para todo mundo que tinha uma máquina de escrever. Saia do curso, chegava em casa e treinava bastante, não ficava cansada, pois estava determinada a aprender. Treinei tanto nessa máquina que a fita de tinta acabou rapidamente. E acreditem, digitava e digito, até hoje, somente com o dedo médio.
Penso que nós, pessoas com deficiência, arrumamos técnicas para tudo, não deixamos que pequenas coisas nos abalem. Quando os obstáculos aparecem, tomamos fôlego e seguimos adiante com toda força que temos ao nosso alcance. Certamente, fracasso e desistência não fazem parte do vocabulário da pessoa que tem como objetivo, a vitória.
Enfim, depois de cinco meses de curso e muita persistência, consegui meu certificado do curso de datilografia. Aquele certificado teve um significado tão grande na minha vida, pois representava a minha primeira vitória. Naquele dia pude sentir, pela primeira vez, o sabor da vitória e da primeira barreira derrubada.
Texto Escrito por Vera (Deficiente Ciente)
Vera, amiga minha!
Estou sensibilizado e emocionado com teu texto!
És uma guerreira e os guerreiros nunca se abatem, nunca abaixam a cabeça, nunca se desesperam, nunca perdem a esperança.
Se a possibilidade não lhe chega, eles, os guerreiros vão até ela, se ela correr dele, ele as alcança, as doma, coloca cabresto e faz dela seu animal de estimação… Se, mesmo assim, a possibilidade lhes escapa, o guerreiro cria uma!
tua força de vontade, tua busca obstinada, tua perseverança, tua determinação é um exemplo para todos nós!
Desde o primeiro instante encontrei aqui algo mais, e hoje, fui além disso! Tua sensibilidade e tua força me cativaram definitivamente…
GRato por este momento glorioso!
Querido amigo Gilberto,
Fiz um comentário em seu blog e vou repetir aqui, além de ser um grande poeta é também um sábio.
Me emocionei com suas palavras, nem sei o que dizer…
Que bom encontrar pessoas solidárias, inteligentes, sábias e sensíveis como você. Gilberto, você não imagina o quanto fico feliz!
Adoro acessar o blog nel mezzo del cammim e ler suas poesias!
abraços
Vera
Oi, Vera!
Estou conhecendo hoje seu Blog e amei.
Eu também não tenho o braço, sofri um acidente …mas graças a Deus, estou hoje formada em Analise de Sistemas, foi muito difícil,pois voce sabe que as pessoas olham meio torto… pensam que voce nao é capaz de fazer isso… mas consegui.
Gostei muito do seu blog.
vou te passar meu email: kesiacris@gmail.com
Bj
Olá Kesia!
Prazer em conhecê-la! Sei muito bem como são essas coisas…
Você é uma vencedora! Parabéns!
Anotei o seu email, escreverei para você.
Bjs.