MP3 ajuda pessoas cegas na 'leitura' de livros
Fundação já tem 2,3 mil títulos falados e grava mil novas obras por mês
Toda quarta-feira, com o filho já na escola e o marido trabalhando, Andreia Aparecida da Silva Queiroz, de 30 anos, senta-se confortavelmente no sofá para “ler” uma revista. Abre o envelope que recebe pelo correio com o CD e o coloca para tocar no MP3.
Cega há quatro anos, após o deslocamento de retina nas duas vistas, Andreia informa-se do noticiário semanal pela voz de um profissional que lê a publicação, gravada em CD e distribuída para 728 deficientes visuais.
A gravação é feita às segundas, entre 7 e 11 horas, em um dos estúdios da Fundação Dorina Nowill, e os CDs são despachados à tarde.
Poderia até ser mais rápido, mas a lei de direitos autorais no Brasil não permite a disponibilização do áudio na internet. Já em braile, até ser transcrita e impressa, a notícia estaria velha. Cada cópia somaria 300 páginas a um custo, pelo menos, 15 vezes mais alto.
O avanço da tecnologia provocou uma revolução no antes restrito acesso à informação por deficientes visuais, ao permitir gravar áudios com maior rapidez e custo baixo.
A Fundação Dorina Nowill, que guarda o maior acervo para deficientes visuais do País, tem três vezes mais livros falados e digitais do que em braile.
São 2,3 mil títulos, dos quais 1,4 mil lidos e 900 transcritos para voz digital por computador. Em braile, há 700. Por ano, são transcritos 350 livros falados, 600 digitais e 250 em braile.
O Programa Ler para Crer, da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, tem disponibilizado parte do acervo de áudio, em CDs, às bibliotecas públicas e telecentros. Periódicos, didáticos, títulos literários e até manuais de uso de eletrodomésticos são gravados e distribuídos gratuitamente. “Ele compra uma geladeira nova e o que faz?”, diz a médica Suzy Maluf, gerente de distribuição de livros da Fundação Dorina. “O acesso à informação é um instrumento fundamental de inclusão pois permite ao deficiente visual se atualizar e conversar sobre os assuntos com quem pode enxergar.”
Outra vantagem do MP3 é a portabilidade. Quem precisasse de um minidicionário para aulas de inglês carregaria 53 volumes de cem páginas cada em braile. Hoje, leva no bolso, em CD.
O primeiro romance lido por Andreia após perder a visão foi Olga, de Fernando Morais, em longas 800 páginas. “Não fui alfabetizada em braile porque perdi a visão já adulta, então, ainda tenho dificuldade para ler os pontinhos. Levei três meses para acabar Olga! Hoje, “leio” quatro ou cinco livros em CD num só mês. Esta semana foram três.”
Fonte: http://www.estadao.com.br/
Obs. Terminologia correta para a expressão da matéria acima, segundo Romeu Kazumi Sassaki :
“deficientes visuais”
TERMO CORRETO: cego, pessoa cega ou pessoa com deficiência visual.
nformação sobre retinocoroidose
Olá , pessoal! É um grande prazer "encontrá-los" !
Gostaria de trocar informações sobre médicos, tratamentos, pesquisas, avanços..Tenho retinocoroidose miopica com maculopatia em A-O, e não sei quase nada sobre isso, o que , em tempos de tanta informação me angustia. O médico que eu vou não fala, não explica… e a minha visão aos poucos diminui…
obrigada…essa é uma excelente fonte para a troca de experiências!!!!!!!! camemdrumond@yahoo.com.br
Querida Vera,
Que bacana esta notícia!! É bom quando a tecnologia é usada em prol de causas nobres, como esta. E esperemos sempre mais!
Tenha uma boa noite, amiga!!
Beijo!!
(P. S.: A receptividade do livro foi mais do que eu esperava! Adorei essa nossa interação, obrigada!! Bjs!)
Olá, querida!!
Que bacana que a receptividade foi boa!! Estou muito feliz com isso!!
Um lindo final de semana para você, Regina!
Beijos!
Vera
Para o anônimo acima,
Obrigada!!
Caso encontre informações sobre retinocoroidose miopica enviarei para o seu email,ok?
Abraços,
Vera
Boa noite! Sou professora de um menino cego em uma escola pública em Concórdia, SC e achei este trabalho muito interessante!
Gostaria de saber como poderia conseguir esses livros em MP3, pois Alan, meu aluno é muito estudioso e gostaria muito de recebê-los.
Dersde já agradeço pela atenção
Olá Angelita!
Sugiro que entre em contato com a Fundação Dorina Nowil através desse endereço:http://www.fundacaodorina.org.br/fale-conosco/