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Mulher com deficiência é proibida de ver os filhos para não “traumatizá-los”

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Abbie Dorn viu seus filhos apenas uma vez em quatro anos desde que ela sofreu danos cerebrais graves após dar à luz
Abbie Dorn viu seus filhos apenas uma vez, em quatro anos, desde que sofreu danos cerebrais graves após dar à luz.


Americana Abbie Dorn sofreu danos cerebrais após o nascimento de seus filhos e, com medo de chocar as crianças, o ex-marido as proibiu de ver a mãe

Abbie Dorn, de 34 anos, sofreu danos cerebrais após o nascimento dos trigêmeos, 4 anos atrás, e, por conta disso, hoje é paraplégica e tem problemas mentais. O ex-marido, Dan Dorn, alega que as crianças podem ficar traumatizadas ao verem o estado em que a mãe se encontra e, por isso, resolveu proibir o contato dos filhos com ela desde então.

Na sexta-feira, o juiz da suprema corte de Los Angeles decidiu que as crianças poderão visitá-la durante cinco dias consecutivos por ano, segundo noticiou a revista Time. Os trigêmeos, que vivem na Califórnia, terão de se deslocar todo ano para a Carolina do Sul para encontrar a mãe, que agora vive com parentes. O juiz também ordenou ao pai que as crianças façam visitas mensais à Abbie através do Skype. Dan Dorn, que até recentemente não havia contado às crianças sobre a mãe, também deverá criar um espaço em sua casa em homenagem à Abbie, com fotografias e recordações. Essa espécie de santuário precisa estar aberto e disponível para os filhos 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Mesmo sem conseguir se movimentar, o neurologista responsável afirmou que ela consegue responder perguntas com “sim” e “não”, além de poder ouvir sons e ver imagens. Isso significa que, aparentemente, ela pode ver e ouvir seus filhos. “Embora Abbie não consiga interagir com as crianças, elas podem interagir com a mãe – e essa interação é benéfica para as crianças”, declarou o juiz Frederico Shaller à revista. “Eles podem tocá-la, vê-la, ter vínculo com ela, e ela pode carregar várias memórias deles”, disse. A mãe de Abbie, Susan Cohen, contou ao Los Angeles Times que, ao saber da decisão, a filha “deu uma piscada longa, longa e um sorriso enorme”.

As visitas, no entanto, serão controladas por Dan Dorn. O receio da família agora é que ele tem o poder de decidir quais membros da família podem estar presentes durante esses encontros.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/

Saudade: os pais de Abbie Dorn mostram a ela fotos dos trigêmeos. Eles estão lutando para que a filha possa ter acesso aos filhos.
Saudade: os pais de Abbie Dorn mostram a ela fotos dos trigêmeos. Eles estão lutando para que a filha possa ter acesso aos filhos.

 

Abbie e seu marido Dan no dia do casamento. Ele se divorciou dela em 2007, porque não acreditava na sua recuperação. ela iria se recuperar.
Abbie e seu marido Dan no dia do casamento. Ele se divorciou dela em 2007, porque não acreditava na sua recuperação.

 

trigêmeos de Abbie Dorn nasceram em junho de 2006
Trigêmeos de Abbie Dorn nasceram em junho de 2006

 

Tempos felizes: Abbie Dorn em sua festa de casamento
Tempos felizes: Abbie Dorn em sua festa de casamento

 

Abbie quando adolescente. Seus pais lutam para que ela seja autorizada a acompanhar o crescimento de seus filhos.
Abbie quando adolescente. Seus pais lutam para que ela seja autorizada a acompanhar o crescimento de seus filhos.

 

Abbie Dorn no dia de seu casamento em 2002
Abbie Dorn no dia de seu casamento em 2002

 

Abbie Dorn após sofrer danos cerebrais graves durante o parto.
Abbie Dorn após sofrer danos cerebrais graves durante o parto.

Imagens: http://www.dailymail.co.uk/

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

11 comentários sobre “Mulher com deficiência é proibida de ver os filhos para não “traumatizá-los”

  • Querida amiga

    Acho que do mesmo modo que há amor sem limites, há também o desamor
    sem limites. No caso acima, penso que a ternura de mãe despertaria nos filhos
    a alegria de cuidar, de estar próximo, de tentar entender
    e explicar o amor de várias formas.

    Que os sonhos sempre estejam em ti.

    Resposta
    • Olá Aluisio! Tudo bem?

      Concordo com você… “se há o amor sem limites, há também o desamor sem limites”. Você disse tudo.
      O pai dessas crianças está sendo muito cruel, preconceituoso e desumano, assim como o juiz que optou para que as crianças possam visitar a mãe apenas cinco vezes por ano.
      Tudo muito injusto!

      Abraços, meu amigo!

      Resposta
  • Bom dia Bella!

    Acho que quem sofreu dano cerebral foi o marido… Que absurdo! Pior ainda as leis americanas coibir com uma atitude descabida do pai!

    Beijoooooooooo

    Resposta
    • Você tem toda razão, Bia…
      É inaceitável o que estão fazendo com essa moça!

      Beijos!

      Resposta
  • Meu Deus fico perplexa com tamanha desumanidade!!!

    Resposta
  • Fiz um copy neste post (com os devidos créditos) e postei no nosso blog.
    Situações como esta devem ser divulgadas, para que mais pessoas sejam esclarecidos.
    Que o amor dos pais, da Abbie, dos filhos, contagie a todos.
    Que esse amor possa mudar a decisão desse juiz.

    E esse homem precisa urgentemente de uma terapia emocional, cognitiva, social, etc.
    Pobre cérebro ele tem.

    Sempre aprendendo por aqui…

    Resposta
    • Obrigada, Gisleine!
      Realmente essa história da Abbie nos deixa indignadas e comovidas.

      Abraços,

      Resposta
  • Eu li direito? Esse cara não quer traumatizar as crianças?? Trauma ele já criou, ao proibí-los de ver a mãe! Estou pasma!!

    E se fosse o contrário, se fossem os filhos que tivessem uma deficiência?? AAAhhh, provavelmente ele os abortaria ou deixaria a mãe cuidando deles sozinha.

    Dia desses li também sobre uma mãe que será proibida de ver os filhos por causa de um tratamento experimental de QUIMIOTERAPIA!!! Onde esse mundo vai parar?!?!

    “Que absurdo! Pior ainda as leis americanas coibir com uma atitude descabida do pai!” (2)

    Resposta
  • Esse cara só pode ser um monstro ou é essa religião torta dele que lá nos EUA tem um monte.

    Pior é o juíz que não penalizou o cara por fazer isso.

    Resposta
  • Achei o comentário do Sr. Paulo Poglisch extremamente preconceituoso! Condeno terminantemente o que o marido de Abbie Dorn fez, mas relacionar tal atrocidade com o fato dele ser judeu é uma atitude extremamente racista e que pode ser comparada com o que o próprio está fazendo com a esposa. Afinal, ambos estão demonstrando que apenas reproduzem atitudes de exclusão.

    Resposta

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