Deficiência Física

'Mulher-flamingo' é forçada a andar com apenas uma perna há três anos

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Fisioterapeuta Joanne Day convive com rara doença neurológica. Mulher de 36 anos sofreu acidente ao andar de patins na adolescência.

Uma fisioterapeuta de 36 anos é forçada a andar com apenas uma das pernas há três anos, condição provocada por uma rara condição neurológica conhecida como distonia, responsável por contrações involuntárias no corpo.

Segundo informações do jornal britânico Daily Mail publicadas nesta quarta-feira (4), Joanne Day sofreu um acidente ao andar de patins durante a adolescência em novembro de 1989. Desde então, a moradora da cidade de Telford, na Inglaterra, sofre com contorções em todo o corpo.

A última delas ergueu a perna esquerda inteira contra o torso. Joanne só consegue caminhar com o auxílio de muletas e precisa dirigir um carro automático. A fisioterapeuta descartou uma cirurgia após os médicos terem alertado para a possibilidade dos espasmos musculares poderem surgir em outras partes do organismo.

De acordo com o jornal, o caso de Joanne pode ser o único de “perna de flamingo” na Inglaterra. No acidente há 21 anos, a britânica fraturou o cotovelo esquerdo e a partir daí as contrações começaram.

A primeira delas forçou o ombro esquerdo da fisioterapeuta contra o queixo, fazendo Joanne parecer estar sempre ao telefone. Esta manifestação da distonia durou dois anos até que outras distorções de posição surgiram, a última delas a atual configuração do corpo da mulher de 36 anos.

O diagnóstico de Joanne veio em 1990, no Hospital Nacional de Neurologia e Neurocirurgia de Londres. Atualmente, ela trabalha na Dystonia Society, entidade de caridade que lida com portadoras da doença. Somente na Grã-Bretanha, cerca de 40 mil pessoas sofrem com a patologia.

“Os doutores me disseram que eu tinha distonia em 1990 e que não havia cura”, explica Joanne, em entrevista ao diário inglês. “É incrivelmente doloroso, preciso tomar morfina para lidar com isso.”

Desde a explicação sobre sua condição, Joanne já passou por mais de 60 cirurgias para brecar as contorções no corpo.

“Minha condição mudou minha vida, mas tento viver o máximo possível”, diz a fisioterapeuta. “Ser deficiente não significa que eu não posso fazer nada, somente indica que faço as coisas de forma diferente.”

* Com informações do Daily Mail

Fonte: G1 (04/08/2010)


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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

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