Paralisia cerebral não me impediu de ser advogado
O britânico Daniel Holt tem paralisia cerebral, o que lhe causa problemas de locomoção e na fala.
Mas isso não o impediu de conquistar seu sonho: tornar-se advogado.
A BBC o acompanhou no dia em que ele faria uma avaliação semelhante à da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para o exercício da advocacia.
Holt foi aprovado no exame, mas diz que isso não necessariamente vai lhe garantir um emprego.
Ele conta que já fez várias entrevistas, mas acabou rejeitado.
“As pessoas me disseram que essa não é a profissão para mim. Elas dizem que a minha deficiência na fala pode prejudicar meus clientes”, diz.
Ele responde a isso: “Acho que a maioria das pessoas me entende na maior parte do tempo. “É só uma questão de ter paciência comigo”, acrescenta.
A BBC Brasil publicou recentemente uma reportagem sobre a luta do brasileiro Leonardo Mello, que também tem paralisia cerebral e vende água na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, em busca do sonho de se tornar um advogado.
Formado em Direito, Mello não conseguiu dar prosseguimento aos estudos para o exame da OAB por causa da falta de dinheiro – e, a exemplo de Holt, enfrenta dificuldades para conseguir um emprego em sua área de formação. Clique aqui para ler sobre sua história.
A luta continua
Natural de Manchester, no norte da Inglaterra, Holt cresceu em uma família humilde.
Mas conseguiu se formar uma das universidades de maior prestígio do país, a Queen’s Mary, em Londres.
Ele quer continuar lutando contra o preconceito.
“É a única profissão que realmente pensei em seguir. Não vou ser deixado de lado só porque tenho uma deficiência.”
Fonte: http://www.bbc.com/