Classificação da Lesão Medular
Caro leitor, na primeira parte desse estudo, vimos qual a diferença entre paraplegia e tetraplegia. Dando continuidade a esse assunto veremos hoje, no blog Deficiente Ciente, a classificação da lesão medular.
Classificação
A Lesão Medular pode ser classificada de acordo com o comprometimento sensório-motor que a pessoa apresenta.
Quando a medula sofre uma lesão, pode ser parcialmente ou totalmente atingida e, dessa forma, determina-se o seu grau de comprometimento.
Vale ressaltar que a lesão medular não compromete necessariamente a parte intelectual: raciocínio, memória, compreensão. Caso o cérebro seja afetado, podem-se observar alterações na parte intelectual, além de comprometimentos na face (língua, boca, olhos etc), dependendo da gravidade da lesão cerebral.
Tetraplegia
Uma lesão é classificada como completa quando não há função motora ou sensitiva preservada no segmento sacral. Numa lesão incompleta as funções motora e sensitiva estão preservadas no nível do segmento sacral.
A Tetraplegia ou quadriplegia indica que existe comprometimento parcial ou total sensório-motor nos quatro membros, podendo comprometer também a respiração. Exemplo: Christopher Reeves.(Imagem ao lado)
Classifica-se de tetraplegia completa quando há comprometimento total dos quatro membros e/ou da respiração com secção total da medula, isto é, a comunicação entre o cérebro e as outras partes do corpo fica interrompida abaixo do nível da lesão. Não há movimentos e sensações nos quatro membros e não há função motora ou sensitiva preservada no segmento sacral.
Já na tetraplegia incompleta a medula espinhal é parcialmente lesionada, preservando-se algumas sensações e movimentos no segmento sacral, ou seja, quando existe contração voluntária da musculatura do esfíncter.
Paraplegia
A Paraplegia indica que existe comprometimento parcial ou total sensório-motor somente nos membros inferiores, sendo que as funções dos membros superiores estão preservadas. Exemplo: Herbet Vianna.
Na paraplegia completa os membros superiores têm suas funções preservadas, mas os membros inferiores não apresentam qualquer movimento e não há função ou sensação muscular na área sacral inferior.
Já a paraplegia incompletaos membros inferiores apresentam alguns movimentos, mas sem força suficiente que permita que a pessoa ande e existe contração voluntária da musculatura esfincteriana.
Veja a última parte desse artigo: Consequências Motoras da Paraplegia e da Tetraplegia
Fonte: Portal Novo Ser
Veja:
Muito bem explicado..obrigada
Obrigada e seja bem-vindo, Bruno!
abraços
Vera
Obrigada!
Faço faculdade de Enfermagem e sua explicação me ajudou muito em fisiologia do sistema nervoso!
Olá!
Ótima matéria. E no caso de artrodese tibiotalocalcânea? Está inserida como paraparesia? E qual deve ser a CID? No meu laudo o médico colocou rsprecificamente que ‘impendirá definitifamente movimentos’ e CID Z98.1 e M19.1. Nos termos da lei que beneficia os PNE esse CID está correto ou seria outro? E qual?
Desde já grato pela atenção dispensada,
Perfeita a explicação. PARABÉNS
A paraplegia completa nao existe nenhuma possibilidade da pessoa um dia vir a andar, nem se for de moleta?