Células-TroncoDeficiência Física

Paraplégico conta como voltou a se movimentar após tratamento

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Policial Paraplégico
Policial de 47 anos, paraplégico há nove, faz fisioterapia em centro universitário em Salvador

O policial militar baiano M.P.R., 47, que ficou paraplégico após sofrer uma queda em 2002, conta à repórter Natália Cancian, da Folha, como voltou a se movimentar após ser submetido a um tratamento experimental.

A reportagem completa está disponível para assinantes da Folha e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.

O paciente foi o primeiro a testar o tratamento especial, desenvolvido por cientistas do Hospital São Rafael, em Salvador, e da Fiocruz.

Em 2005, o policial leu na internet uma matéria sobre um trabalho com células-tronco que estava sendo realizado na Bahia. Procurou a equipe, fez exames e aguardou a aprovação do teste em humanos. Foi escolhido, mas não sabia que seria o primeiro. “Depositei toda a minha confiança neles. Como fui voluntário, sei de todos os riscos”, assume.

A primeira célula foi aplicada no dia 14 de abril. Dez dias depois, ele teve as primeiras sensações nas pernas. “O primeiro lugar que senti foi a coxa direita”, conta.

Veja: Paraplégico movimenta pernas após transplante pioneiro na Bahia

Fonte: Folha de S. Paulo (04/06/11)

Transplantado com células-tronco na Bahia tem avanços

Com pouco mais de 20 dias de tratamento na CASA (Clínica de Atenção à Saúde), da Estácio FIB, o primeiro paciente com trauma raquimedular transplantado na Bahia já fica em pé com sustentação dos membros superiores. A cirurgia ocorreu no dia 14 de abril, no Hospital Espanhol, e no dia 18 de abril o paciente foi encaminhado para o tratamento fisioterapêutico na clínica-escola do Centro Universitário.

De acordo com a fisioterapeuta, pesquisadora e fundadora da CASA, Claudia Bahia, o tratamento realizado com o paciente, que está lesionado há nove anos, é feito através da cinesioterapia (trabalho manual) e não com eletroterapia (terapia feita com aparelhos). “Já existe atividade clara em tronco inferior e membros inferiores, que permite ao paciente executar movimentos antes nem imagináveis: exercícios de dissociação de cintura pélvica, ’posição de gato‘, sedestração em bola suíça (com suporte em tornozelo) e bicicleta horizontal, com auxílio de membros superiores.

Cláudia Bahia afirma que a evolução do paciente é um passo importante nas pesquisas. “Em apenas 23 dias já conseguimos obter resultados significativos”, diz. A fisioterapeuta esclarece que disciplina é fundamental, para que sejam alcançados os objetivos, que no primeiro dia de trabalho foram estabelecidos para o paciente. “Ele é um exemplo de que, com determinação, tudo é possível”. “O paciente diz que vai sair andando, com andador, mas andando. Mantém o sentimento real de que vai conseguir”, complementa.

A pesquisa – Os primeiros testes foram iniciados no ano de 2005 e, desde agosto de 2010, 20 pacientes paraplégicos voluntários participam do projeto que tem como objetivo a recuperação neurológica. A iniciativa faz parte de uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Hospital Espanhol, Hospital São Rafael e o Centro Universitário Estácio FIB.

O primeiro procedimento é realizar a coleta das células no Centro de Biotecnologia e Terapia Celular (CBTC), do Hospital São Rafael. Com as células prontas para o transplante (o que dura em torno de três a quatro semanas), o paciente é submetido à cirurgia e o passo seguinte é iniciar o tratamento de fisioterapia na clínica escola da Estácio FIB. São seis meses de tratamento na CASA, dois meses intensivos, e os outros quatro meses uma vez ao dia.

 A participação do aluno – Durante todo o processo de tratamento na clínica, os alunos podem se inscrever e participar dessa iniciativa, supervisionados por professores – a coordenadora do curso de fisioterapia da Estácio FIB, Thaís Miranda, professora Nadja Maciel e pesquisadores.

Miranda afirma que a instituição possui uma clínica bem estruturada, o que é importante para que um paciente pós-cirurgia seja restabelecido. “No momento em que a Estácio assinou o convênio, abriu portas para que o aluno fizesse parte da história. Hoje, nossos estudantes já estão acompanhando o primeiro paciente após a cirurgia e, assim como todos nós, estão encantados com a reabilitação. É uma mudança de paradigma. Antigamente, não havia perspectiva para o paciente com trauma raquimedular, agora, apesar de ainda não sabermos o alcance real de toda a reabilitação, sabemos que o paciente melhora. E temos visto grandes progressos. Está sendo fantástico!”.

Segundo transplante  acontece esta semana

Para realizar o transplante, as células-tronco são retiradas do osso do quadril do próprio paciente, separadas e enriquecidas em uma solução de hormônios, e vitaminas. Na incubadora, em condições especiais de temperatura e umidade, as células-tronco se
multiplicam. Elas são mantidas por até um mês (em torno de quatro semanas). Esse processo oferece aos cientistas a quantidade de células-tronco que eles necessitam para a pesquisa.

O segundo paciente fez a coleta das células dia 29 de abril, no Centro de Biotecnologia e Terapia Celular (CBTC) do Hospital São Rafael, e sua cirurgia deve acontecer esta semana. Quatro dias após o transplante, o paciente pode iniciar o tratamento de fisioterapia na CASA (Clínica de Atenção à Saúde), da Estácio FIB.

“A terapia celular é uma realidade. É o primeiro caso nesse modelo no mundo. É inédito. A Bahia saiu na frente na historia e a expectativa é de crescimento, mas depende dos resultados”, afirma Claudia Bahia. A partir dos progressos dos pacientes transplantados, a equipe de pesquisadores pretende ampliar o atendimento para um grupo maior. “Todo Fisioterapeuta tem de ser cauteloso, mas otimista. Por isso já imagino que daqui a pouco poderei colocar o primeiro paciente na esteira”, complementa a pesquisadora. “Uma caminhada de mil léguas começa com o primeiro passo, então, estamos na estrada”, diz.

Ainda é possível ser voluntário

Para ser voluntário do projeto, o paciente paraplégico precisa seguir os seguintes protocolos: a lesão não deve ter sido causada por arma de fogo, não pode ter mais de 5 cm de lesão medular, deve ter mais de seis meses e pode ter de 18 a 50 anos.

Segundo a pesquisadora, há muitas pessoas querendo ser voluntárias. Existem 20 voluntários cadastrados que realizarão o transplante e farão o tratamento fisioterapêutico na clinica-escola da Estácio FIB gratuitamente. “No momento, estamos trabalhando com pacientes paraplégicos, mas pretendemos evoluir e avaliar outros protocolos”.

Fonte: Notícia Capital (03/06/11)

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

9 comentários sobre “Paraplégico conta como voltou a se movimentar após tratamento

  • BOA TARDE! ME EMOCIONEI COM AS HISTÓRIAS E RESOLVI ESCREVER SOBRE MINHA MÃE, QUE TINHA UMA VIDA NORMAL E QUE DEIXOU SUA VIDA AGITADA E FELIZ PARA VIVER NUM QUARTO ENTRE 4 PAREDES. OS AMIGOS QUE ELA PENSAVA QUE TINHA, QUE AJUDOU SEMPRE QUE PRECISAVA, SUMIRAM E HOJE LUTA CONSTANTEMENTE PARA CONSEGUIR ANDAR NOVAMENTE PORQUE TEVE CISTO NA MEDULA ESPINHAL E FEZ VÁRIAS CIRURGIAS E HOJE AINDA ENCONTRA-SE NUMA CADEIRA DE RODAS E SONHAMOS TODOS OS DIAS NO DIA EM QUE CONSEGUIRÁ VOLTAR A ANDAR. QUEREMOS MUITO QUE ALGUÉM POSSA AJUDÁ-LA, QUER MUITO SE VOLUNTARIAR PARA SER TRANSPLANTADA EM RELAÇÃO AS CÉLULAS TRONCOS, ELA TEM MUITA FORÇA DE VONTADE, SEMPRE BUSCANDO ALGO QUE POSSA BENEFICIÁ-LA DE ALGUMA FORMA E NÓS ESTAMOS NESSA LUTA AO LADO DELA. POR FAVOR MANDE- NOS ALGUMA RESPORTA, AGUARDAMOS ANCIOSOS. OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!

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  • Boa tarde…!!

    Fikei muito emocionado com os resultados das pesquisas pois eu também sou um Paraplégico e gostaria de ser um candidado para as demais pesquisas.

    Grato.

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  • Oi me chamo celso. sofri um acidente fraturei a vertica t9 queria muito passar nessa experieêcia tenho 32 anos faz um ano e cinco meses que sofri um acidente moro na cidade de votorantim. Espero que me chamem.

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  • Eu sofri um acidente no dia 472008 fiquei paraplégica por causa de uma lesão medular na t11.eu gostaria de participar de qualquer tratamento pois moro em uma cidade pequena ñ faço nem mesmo fisioterapia sinto muitas dores. preciso de ajuda pelo amor de deus.

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  • Eu sofri um acidente de moto em 01/05/2011, tenho 18 anos e fiquei paraplégico,e queria ser voluntário nas pesquisas com células, minha lesão foi a nível de T8 na torácica.

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  • Sofri um acidente de trabaho em 18/10/2006 luxação em t7 e t8, não tenho nenhuma sensibilidade do humbigo para baixo foi classificada como lesão completa, moro em cidade pequena onde deficiente e discriminado tudo muito dificil, se possivel gostaria de participar de uma dessas experiências.

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  • olá, pessoas com lesão causada por arma de fogo não podem se submeter ao tratamento porque?

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