Parte das linhas urbanas em Campinas(SP) barra acesso de deficientes
DESRESPEITO!
MOTORISTAS NÃO TÊM CAPACITAÇÃO PARA OPERAR ELEVADORES
Cadeirantes estão impedidos de utilizar os elevadores adaptados em parte dos ônibus do transporte público de Campinas por falta de preparo de motoristas e cobradores. Apesar do recente aumento da frota com acessibilidade, algumas linhas ainda não têm profissionais capacitados para operar os elevadores.
Anteontem, o tapeceiro Claudio Silva Mendonça, de 44 anos, perdeu uma audiência na Cidade Judiciária porque não conseguiu transporte até o local. “É um absurdo. Eles (motoristas) param e dizem que não têm autorização da Emdec para operar o elevador.”
No mesmo dia, ele e o aposentado Vanderlei Pereira, de 40 anos, pediram para o motorista da linha 3.45 para subir no ônibus e voltar para casa, em frente à Cidade Judiciária. O motorista da linha ajudou os dois cadeirantes. Um fiscal da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc), que estava no local, disse que o motorista estava “quebrando um galho” para os dois homens ao ajudá-los a entrar no ônibus.
A Emdec, por meio de sua assessoria, informou que a linha 3.45 faz parte da frota acessível da cidade e que o problema relatado pelos cadeirantes ocorre porque motoristas e cobradores precisam se capacitar ao participar de um curso no órgão. Atualmente, a cidade conta com 1.040 profissionais neste setor. Desses, 610 estão capacitados para operar em linhas acessíveis.
No entanto, segundo a Emdec, a rotatividade dos funcionários é alta e, por isso, as linhas operam com funcionários que ainda não passaram pelo curso. O órgão enviou uma notificação para a empresa de ônibus responsável pela linha 3.45 para que motoristas e cobradores capacitados possam fazer o trajeto.
A Transurc informou que não compete a ela a capacitação dos funcionários, já que há o Decreto Municipal 15.570, de 2006, que aponta que o treinamento dos funcionários deve ser realizado pela Emdec. A Transurc diz que 33% (287 veículos) da frota da associação são adaptados com elevadores ou com piso baixo.
Fonte: Correio Popular de Campinas (21/10/2010)
Obs. Coloquei algumas frases em negrito para destacar.
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Não entendo. A cidade de Campinas foi eleita modelo de inclusão, no entanto nos deparamos com essa notícia. Realmente há vários ônibus adaptados nesta cidade, entretanto eles não estão acessíveis por falta de profissionais capacitados para operar os elevadores.
Por que não houve planejamento e previsão a respeito disso? Agora vemos o jogo de "empurra-empurra", a Emdec culpabilizando a Transurc e vice-versa.
Como diz o velho ditado, "só para inglês ver". E quem sofre com tudo isso, mais uma vez, são as pessoas com deficiência. Vergonhoso!
Isso já aconteceu na minha cidade, comigo! É um absurdo! De que adianta um ônibus adaptado com elevador sem ter quem saiba operá-lo?
Beijos na alma, Vera.
Olá Meri!
É um absurdo mesmo. Agora ninguém quer assumir a responsabilidade. Quando isso acontecer não podemos deixar de denunciar.
Beijos, querida!
Que absurdo, a Emdec não esta cumprindo o seu papel. A alta rotatividade ocorre por algum motivo, seja baixos salários e ou péssimo ambiente de trabalho! De qualquer forma o usuário não tem que pagar pelos erros da Transurc e da Emdec. Neste caso vale um processo por perdas e danos e constrangimento ilegal!
Concordo com você, André.