Passageira cadeirante diz que foi expulsa da aeronave da Gol
Caro leitor,
Ontem recebi um e-mail de Viviane Nunes Ferreira, cadeirante, relatando o constrangimento que passou na aeronave da Gol, no aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro. No mesmo dia da ocorrência Viviane registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.).
No e-mail e no B.O. Viviane relata que é cadeirante e dependente de sua cadeira de rodas motorizada.
No dia 11/4/12, Viviane foi ao aeroporto Santos Dumont, fez o check-in e foi autorizada a viajar com a bateria da sua cadeira. Entretanto, por volta das 20:30 h quando já estava acomodada dentro da aeronave com destino ao aeroporto de Congonhas (SP), funcionários mandaram ela se retirar do avião, pois mudaram de ideia e não permitiram que ela viajasse com a bateria. Eles alegaram que a bateria poderia causar transtornos aos demais passageiros. Sentindo-se muito constrangida e humilhada, Viviane retirou-se do avião.
Lute pelos seus direitos. Denuncie quando for preciso! (Nota do blog).
DIREITO DE RESPOSTA ENVIADO AO BLOG DEFICIENTE CIENTE PELA EMPRESA AÉREA GOL
São Paulo, 18 de abril de 2012 – A GOL lamenta o ocorrido e informa que entrou em contato com a cliente para esclarecer a situação do embarque do voo G3 1557, no aeroporto de Santos Dumont, Rio de Janeiro. A companhia salienta ainda que, como há restrições de segurança no que se refere a alguns tipos de baterias disponíveis no mercado utilizadas em cadeiras de rodas, é realizada uma análise prévia em todos os equipamentos embarcados.
Atenciosamente,
GOL Linhas Aéreas Inteligentes
Veja:
Um absurdo mesmo!!! Já que as baterias das cadeiras motorizadas são adequadas para viajarem de avião!!! Mas o transporte aérea deixa muito a desejar para com os deficientes!!!!
Vera,
Obrigada pela postagem.
Realmente me senti humilhada, devia ter mais de 100 passageiros na aeronave. Me convidaram a me retirar pq as baterias não mais poderiam ir, sendo que eu havia passado pelo check-in e nada de impeditivo tinha para viajar. Nem tive a alternativa de deixar as baterias com alguém (mãe) e viajar.
Com isso, perdi a REATECH e uma entrevista com a Kica de Castro.
Pelo menos um funcionário Roberto Jeremias, me pagou o táxi de volta para casa e me acompanhou o tempo todo pós problema, a culpa não é dele, a culpa é da GOL que não dá treinamento adequado a respeito de baterias.
Bjss
Viviane, é o mínimo que eles poderiam fazer por você depois de toda a humilhação pela qual passou.
Beijos, querida!
É um absurdo esse tipo de comportamento de uma transportadora de aviação. Vai ser difícil qd chegar a Copa e as Olimpíadas, será q os deficientes não vão poder viajar pra lugar nenhum, realmente é um absurdo….
È realmente um absurdo um deficiente ser tratado dessa forma ser humilhado perante aos passageiros deveria ser processados e pagar uma indenização por danos morais , meus sinceros apoio, Viviane.
Estão sendo necessárias muitas mudanças e adaptações no mundo e isso demanda algum tempo para que tudo se ajuste.
Esse constrangimento poderia ter sido evitado se, antes de adquirir o bilhete aéreo, a passageira explicasse detalhadamente sua necessidade e seus limites à companhia aérea, registrando a resposta com o nome do informante/data/horário.
Sou cadeirante com comprometimento na fala, sei que tenho direitos, mas também tenho deveres. Um deles é orientar as pessoas sobre minhas limitações e sobre o que me é imprescindível.
Antes de ir a um evento, bar, restaurante, viajar, hospedar-me em hotel e etc. procuro me inteirar das condições de tudo.