Pessoas ficam surpresas ao ver casal com deficiência
E O PRECONCEITO CONTINUA…
O funcionário público Ismael Roberto Batista Melo é cadeirante e casado há três anos com Ivânia Sartori, que não tem deficiência física.
Ismael diz que o preconceito é inevitável. “Quando estamos juntos, as pessoas perguntam se somos irmãos e ao falar que somos casados, ficam surpresas. Percebemos que ficam intrigadas, tentando entender a razão da união”, destaca.
O casal tem uma filha de um ano e três meses e as pessoas ficam espantadas ao saberem que a criança é filha de Ismael. “Eles veem que ela se parece comigo e mesmo assim perguntam se é minha filha?”, ressalta.
De acordo com Ivânia, quando as pessoas a viram grávida, não acreditavam que o filho pudesse ser de Ismael. “É um absurdo, mas muitos acham que um cadeirante não pode se casar ou ter um relacionamento sexual. Já estamos acostumados com essa reação”, declara.
Antes do casamento, Ismael e Ivânia também enfrentaram o preconceito da família. “Eles achavam que seria muito difícil para eu conviver com uma pessoa que não anda. Outros diziam que eu era maluca por viver com um deficiente”, conta Ivânia.
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Para a esposa, a situação é triste, porém superável. “Infelizmente as pessoas acham que um deficiente é inútil, mas o sentimento que eu tenho por ele é maior do que tudo isso. Todas as pessoas tem algum tipo de dificuldade, mesmo não tendo problemas físicos”, declara Sartori.
Apesar das manifestações preconceituosas, o casal vive normalmente e aprendeu a conviver com as limitações. Ivânia está grávida de mais um menino e os dois estão muito felizes pela união. “Às vezes, fico chateada por causa do que as pessoas falam, mas sei que o que importa é o que nós vivemos e o que sentimos um pelo outro”, frisa.
Fonte: http://www.odiario.com/