Polícia investiga caso de jovem lutador de MMA que está tetraplégico
A Polícia de Joliet, no estado de Illinois, investiga o caso de um lutador de MMA dos Estados Unidos que ficou tetraplégico após participar de um evento amador em dezembro do ano passado. Trata-se do americano Jeffrey Dunbar, de 20 anos, que lutava havia um ano. Além dos movimentos das pernas e mãos, o jovem também perdeu a fala.
Era a sétima luta de MMA da vida de Dunbar. Antes da luta contra Rudy Bahena, de 23 anos, vencera três de seis combates. No dia 17 de dezembro de 2011, Dunbar fez um movimento brusco para fugir de uma posição de estrangulamento e forçou o pescoço contra a grade, batendo a cabeça. No chão, Bahena finalizou Dunbar com o estrangulamento, sendo declarado vencedor do confronto.
Dunbar não conseguia sentir seus braços e pernas. Os exames mostraram que ele não teve ferimentos graves na cabeça, mas tinha deslocado duas vértebras, comprimindo sua medula espinhal. Os médicos creem que ele jamais andará de novo. Ele ainda está internado e precisará de meses para recuperar os movimentos dos braços.
Os promotores do evento Fight Card Entertainment não entraram em contato com a mãe do garoto sobre as despesas médicas. Não há lei no estado de Illinois que obrigue os promotores a pagarem um seguro em caso de acidentes com lutadores. Uma lei foi assinada em julho e fixou o pagamento de 50 mil dólares a lutadores lesionados nesse tipo de torneio, mas ainda não está em vigor por necessitar de ajustes.
Ídolo
O sonho de Dunbar era chegar ao UFC e treinar com seu ídolo Rashad Evans, que mora em Chicago, mesmo estado do jovem.
“Quando você ouve algo assim, você nunca pensa: ‘Poderia ser comigo'”, afirmou Evans em entrevista ao Chicago Tribune. “É uma daquelas coisas que nos faz lembrar de como pode ser perigoso esse esporte”, completou.
Acidentes como esse ainda são raros no MMA, segundo o Chicago Tribune, mas houve um caso de outro lutador amador em Iowa em 2009. Zach Kirk, hoje com 23 anos, quebrou o pescoço em uma luta contra um adversário mais pesado. Seu rival original foi substituído por outro em cima da hora e ele foi pressionado a lutar por 1 mil dólares de prêmio em um evento beneficente.
Como forma de coibir o amadorismo no MMA, o estado de Illinois proíbe prêmios acima de 50 dólares para lutadores amadores. Assim, com um evento profissional, as condições de segurança seriam em teoria maiores.
Fonte: http://br.esportes.yahoo.com/
O lutador pode ser amador, mas se a gestão dos torneios não for profissionalizada vai continuar acontecendo esse tipo de incidente…