Revelar ou não a deficiência no aplicativo de namoro?
Abrir o jogo de cara ou escolher o melhor momento para o assunto é uma decisão individual
Na era dos relacionamentos amorosos frutos de conexões via internet, os algoritmos trabalham a favor do match ideal. Para uma pessoa com deficiência, entrar nesse assunto específico costuma ser um dilema na hora de buscar um date num aplicativo de namoro. A psicóloga Marina Simas, sócia-fundadora do Instituto do Casal, lembra que, mesmo sendo cada vez mais frequente as pessoas adotarem aplicativos para estabelecer uma relação, esse tipo de paquera ainda acaba gerando preconceitos em relação ao “diferente”. “As deficiências ainda são um tabu social. Entender sobre as questões envolvidas, se mostrar disponível e conversar sobre a questão é um bom caminho”, diz a psicóloga.
No entanto, escolher o melhor momento para abordar esse assunto ou mesmo não dizer nada sobre a deficiência é uma escolha individual. Segundo Marina, é importante que cada pessoa se sinta à vontade para definir quando falar ou, ainda, se vai revelar ou não a sua deficiência. “Se a questão da deficiência é um ponto importante, por que não colocar?”, diz a especialista.
Não falar que é uma pessoa com deficiência pode acabar provocando situações embaraçosas caso o diálogo se aprofunde e o relacionamento evolua para uma conversa fora do aplicativo de namoro. “A pessoa do outro lado da tela precisa saber com quem está conversando e como aquela pessoa é na vida real para evitar situações desconfortáveis para ambos os usuários”, destaca Marina. (Fonte: Portal Terra)
Não escondi a informação de que eu tinha uma deficiência, diz Vera Garcia do Blog Deficiente Ciente
Conheci meu marido em um site de relacionamento e não tive dúvida nenhuma no momento do cadastro em colocar a informação de que eu tinha uma deficiência física. Achei interessante em fazer isso porque afastaria pretendentes que possivelmente poderiam ser preconceituosos, e eu estava tranquila por não estar escondendo nada, estava sendo sincera e bem clara. Mesmo assim apareceram homens curiosos para saber qual era exatamente o tipo de deficiência que eu tinha. Não me arrependendo de forma alguma de esconder uma informação como essa.
Veja minha história e de meu marido no site da Uol.