Acessibilidade

Rodas fora dos trilhos: não há acessibilidade nas estações de trem

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Rodas fora dos trilhos: não há acessibilidade nas estações de tremPara mostrar as restrições impostas aos portadores de deficiência no transporte ferroviário, o Caderno Zona Oeste levou três cadeirantes e um especialista em acessibilidade às quatro estações mais movimentadas da região — Realengo, Bangu, Campo Grande e Santa Cruz. (RJ)

Estação Realengo, uma longa prova de obstáculos

Com a entrada situada no alto de um viaduto que liga os dois lados do bairro, a estação de Realengo é nossa primeira parada. Acompanhamos o embarque de Aline Santangelo Cardoso, de 36 anos.
Vítima de paralisia cerebral, ela se locomove em cadeiras de rodas desde criança. Como Aline tem dificuldades para falar e movimentar os braços, sua tia Márcia Santangelo, uma psicóloga de 56 anos, a auxilia o tempo todo. A dupla chega à estação pelo lado onde fica a Associação dos Amigos Deficientes Físicos do Rio de Janeiro (Aadef-RJ), cuja sede fica em Realengo e tem Aline como secretária.

O acesso à bilheteria se dá por uma rua de 300 metros, esburacada, que contorna o Campo de Marte. Para chegar até a entrada da estação — que fica a uma altura de dez metros — há duas opções: uma escada com 44 degraus ou uma rampa com 220 metros de comprimento.

— Ir pela escada é impossível. Mesmo com ajuda de outras pessoas, Aline é pesada. Incomodar quem está passando não deve fazer parte da nossa rotina. Vamos ter de subir a rampa — opta Márcia, destacando que até quem não é deficiente sua para chegar lá em cima.

Acesse aqui e continue lendo essa matéria no Globo Rio.

Fonte: Globo Rio
Referência: http://twitter.com/cadeirantes_Br

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Acesse aqui e veja outras matérias sobre acessibilidade.

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

8 comentários sobre “Rodas fora dos trilhos: não há acessibilidade nas estações de trem

  • Acessibilidade zero! Isso em pleno século XXI!
    Mais um descaso e desrespeito em relação às pessoas com deficiência, pelas autoridades competentes.

    Resposta
    • Breno Close D'Angelo de Carvalho

      É a realidade de um país subdesenvolvido não só economicamente, mas principalmente culturalmente. Deficiente no Brasil é subespécie.

      Resposta
  • Às vezes dá vontade de desistir! Parece que quanto mais lutamos menos integração temos.
    É frustrante.

    Quando é que esta sociedade verá que nós também existimos?

    Fica bem.

    Resposta
  • Há momentos em que dá vontade de desistir, Eduardo. Mas não podemos. Todas as nossas conquistas e vitórias vieram de grandes lutas. Vamos continuar em frente, meu amigo!
    A sua solidariedade em relação às pessoas brasileiras com deficiência, me comove. Obrigada!

    Abraços e fique bem!

    Resposta
    • Breno Close D'Angelo de Carvalho

      Estou com 22 anos de deficiência. Cada dia que saio a rua e interajo com as pessoas é uma luta, tendo em vista a mentalidade escrota de um povo pequeno, pobre e subdesenvolvido, fico desestimulado e com o saco bem cheio. A falta de acessibilidade é apenas a face de um país que considera o deficiente uma pessoa de terceira classe, que necessita ser acompanhado o tempo todo, pois é tido como enfermo. Somos, para esses pústulas, um estorvo. Logo, na cabeça deles, porque conferir a nós qualquer qualidade de vida.
      Não podemos esmorecer e devemos sempre encontrar formas de lidar com essa vida difícil e complicada, que um povo ignorante e imbecilizado, nos oferece. Estudar, fazer esporte, tentar nos bastar é a melhor forma de vencer esta batalha. Veja, que a internet trouxe muito mais facilidade ao deficiente, podendo ele ter acesso a uma gama imensa de informação, estudo e cultura. Quanto ao esporte, esbarramos novamente no problema da ignorância e do tratamento indigno que nos é reservado, em academias e centros esportivos, que não sejam as ONGs e respectivos, corruptos e que forçam o deficiente a competir, quando este quer apenas exorcizar seus demônios por meio do esporte. Ainda, há a questão da vida sexual do deficiente, donde nós temos que lidar com gente estupida e ignorante , que nos diminui e ridiculariza, em virtude de sua mentalidade culturalmente subdesenvolvida em todos os aspectos, conducente ao preconceito, discriminação e exclusão do deficiente.
      Viver no Brasil para um deficiente é uma bosta, pois nosso povo em sua maioria é muito bosta no que concerne ao conhecer e informar-se sobre o deficiente !

      Resposta
      • Concordo Breno! Por isso que temos que continuar lutando pelos nossos direitos, independente se eles queiram ou não. Agradeço seu depoimento!

        Resposta
  • Breno Close D'Angelo de Carvalho

    Vera,
    boa tarde

    Os vagões do Metrô deveriam ter cintos de segurança e travas para as rodas das cadeiras de rodas, assim como é estipulado na Portaria 260 de 12 de julho de 2007, do INMETRO.

    Abc

    Breno

    Resposta

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