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Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre a Síndrome de Down

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A Descoberta da Síndrome de Down

A síndrome de Down foi identificada pela primeira vez em 1866, pelo médico britânico John Langdon Down. Ele notou que algumas crianças tinham características físicas semelhantes às de pessoas da Mongólia. Na época, ele usou o termo “mongolismo” para descrever a condição, acreditando que era um “retrocesso” a um tipo racial antigo. Esses conceitos estavam completamente errados e, hoje, sabemos que termos como “mongol” ou “mongolóide” são ofensivos e não devem ser usados.

Somente em 1958, o médico Jerome Lejeune descobriu que a síndrome de Down é uma condição genética causada por um cromossomo extra. Enquanto a maioria das pessoas tem 46 cromossomos, quem tem a síndrome possui 47, com três cópias do cromossomo 21. Essa descoberta mudou a forma de entender a síndrome e corrigiu os erros do passado.

síndrome de down
John Langdon Down

Síndrome de Down Não É Doença

Ainda hoje, mesmo no século XXI, existem muitos mitos sobre a síndrome de Down. É importante esclarecer que a síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma alteração genética. Por isso, não existe cura ou tratamento, e as pessoas com a síndrome não devem ser vistas ou tratadas como doentes.

Outro mito comum envolve o comportamento das pessoas com síndrome de Down. Algumas pessoas acham que elas são agressivas, enquanto outras acreditam que são sempre “carinhosas” ou “fofas”. Essas ideias são exemplos de generalizações que não fazem sentido. Assim como qualquer outra pessoa, cada indivíduo com síndrome de Down tem sua própria personalidade e comportamento.

Essas características são influenciadas, entre outros fatores, pelo ambiente familiar e social em que vivem, assim como acontece com qualquer pessoa, independente de ter ou não a síndrome. Por isso, é essencial enxergar cada indivíduo com síndrome de Down como único, respeitando suas diferenças e tratando-os com naturalidade e respeito.

Sexualidade e Educação

Vamos falar sobre sexualidade e síndrome de Down. Existe uma ideia comum na sociedade de que as pessoas com essa condição têm uma sexualidade mais intensa. Mas isso é um mito! Esse preconceito surge, muitas vezes, porque esse público não tem acesso às informações necessárias sobre o tema.

Isso acontece principalmente porque muitas pessoas que convivem com indivíduos com síndrome de Down acreditam que eles não precisam aprender sobre sexualidade ou, em casos mais extremos, que eles nem mesmo tenham uma. Essa falta de diálogo e educação sobre o assunto pode levar a comportamentos considerados inadequados, já que essas pessoas não recebem as orientações básicas para entender e lidar com sua sexualidade de forma saudável.

É importante lembrar que todos, independentemente de terem ou não síndrome de Down, possuem sexualidade e têm direito à informação e educação sobre o tema. Isso ajuda a prevenir comportamentos inadequados e promove um entendimento mais respeitoso e inclusivo sobre suas necessidades e direitos.

A Educação Faz Toda a Diferença

Ao falar sobre pessoas com síndrome de Down, é essencial destacar o papel da educação. A lei garante que todas as pessoas com necessidades educacionais especiais tenham o direito de estudar em escolas regulares, pois o objetivo da educação é o mesmo para todos: oferecer oportunidades e apoio para que cada indivíduo desenvolva suas habilidades cognitivas e sociais ao máximo de seu potencial.

No entanto, o sucesso da inclusão de uma criança com síndrome de Down na escola está diretamente ligado às experiências e estímulos que ela teve antes de começar a vida escolar. Segundo Bautista (1997), citado por Blasco, Hernández e Sampedro (1997), essas vivências iniciais são fundamentais para preparar a criança para os desafios do ambiente escolar, ajudando-a a alcançar um melhor desenvolvimento e interação com os colegas e professores.

Uma família equilibrada e com uma postura positiva, que busque minimizar a ansiedade e a angústia que podem surgir diante desse desafio, estará mais preparada para enfrentar esse período. É essencial manter flexibilidade e abertura para as possibilidades de aprendizado da criança, iniciando etapas educativas que exigem uma parceria direta entre a família e os profissionais envolvidos no processo, como terapeutas da fala, médicos, psicólogos e outros especialistas.

O plano de desenvolvimento da criança deve englobar todas as áreas importantes, incluindo:

  • Psicomotricidade fina e grossa (habilidades motoras);
  • Linguagem e comunicação (melhoria da fala e interação);
  • Socialização e autonomia pessoal (convivência e independência);
  • Desenvolvimento afetivo e cognitivo (emoções e aprendizado).

Com essa abordagem integrada e colaborativa, será possível promover o melhor desenvolvimento possível para a criança, respeitando suas necessidades e potencialidades.

Fonte:https://petpedagogia.ufba.br/

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

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