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Sucesso na Inclusão

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Anos de ações de conscientização voltadas à inclusão social e profissional de pessoas com deficiência estão se convertendo em resultados animadores, embora ainda tímidos. O Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) mostrou que, em 2008, o número de trabalhadores com alguma restrição física ou cognitiva que já possuíam no mínimo o ensino médio passou de 53% em 2007, para 55,4%. No total, 323.210 deficientes celetistas responderam à pesquisa do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A notícia é mais do que bem-vinda, pois a maior dificuldade encontrada pelos gestores interessados em contratar funcionários com deficiência sempre foi a falta de capacitação. Por séculos, a sociedade afastou os deficientes da educação formal e, consequentemente, de outras formas de preparação para o mundo do trabalho.

O resultado não poderia ser outro senão um segmento populacional de baixíssima taxa de escolaridade e alto índice de desocupação. Mas, como está sendo comprovado pelos dados oficiais, esse panorama de exclusão está a cada dia mais atenuado.

O Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) contribuiu em parte com esse processo de inclusão, oferecendo uma modalidade diferenciada de treinamento: o estágio. Nos últimos dez anos, já possibilitou que 7,5 mil jovens de todo o País fossem contratados como estagiários por meio do seu programa voltado aos estudantes deficientes.
O mais elogiável dessa ação dos gestores de Recursos Humanos é um aspecto que quase não recebe o merecido destaque: o estagiário não é contabilizado no porcentual de cotas de empregados com deficiência que as empresas devem manter para se enquadrar na lei nº 8.213/91, ou seja, a ação é motivada única e exclusivamente pela responsabilidade social.
O estágio aciona um ciclo virtuoso: além de vivenciar o dia a dia do mundo corporativo – adquirindo experiência e conhecimentos que somente a prática pode propiciar -, o estudante com deficiência recebe a bolsa-auxílio que complementa a renda familiar e/ou custeia suas mensalidades escolares, permitindo a manutenção e aprofundamento dos estudos.

E, por falar em renda, aqui vai outra boa nova da Rais: junto com o aumento da escolaridade, sobe também a remuneração média. Hoje, um deficiente empregado recebe em média R$ 1.717, valor 13% superior ao salário médio do conjunto de trabalhadores com vínculos formais.

Luiz Gonzaga Bertelli é presidente-executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), da Academia Paulista de História (APH) e diretor da Fiesp.

Fonte: http://www.moginews.com.br/

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

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