Sugestão Cultural – Livro: Unidos no Amor Contra a Indiferença
Caro leitor,
Tive a grande oportunidade de ler o livro “Unidos no Amor Contra a Indiferença” dos escritores portugueses Isabel Barata e Manuel Matos, através do querido amigo Eduardo Jorge, do Blog Tetraplégicos.
Trata-se de uma linda história de amor entre duas pessoas com deficiência, Isabel Barata e Manuel Matos. Um livro sobre amor, no entanto extremamente reflexivo, no que diz respeito ao entendimento equivocado de uma sociedade que acredita que pessoas com deficiência são seres assexuados, sem sentimentos, pensamentos e desejos.
Esse casal é um exemplo de que qualquer pessoa, independente de ter ou não uma deficiência, pode viver sua sexualidade. Eles desafiam corajosamente todos os padrões considerados “normais” por uma sociedade que cultua a “perfeição do corpo”, corpo “sarado”, “belo”, “saudável”… Quebrar esse obstáculo é a principal barreira que qualquer pessoa com deficiência carrega.
Um livro recomendado! (Vera Garcia)
Sinopse
Um testemunho de dois cidadãos portugueses – um professor do ensino secundário e uma economista cuja actividade se tem desenvolvido sobretudo em IPSS – a quem têm sido negados ou sonegados esses direitos básicos em virtude de pertencerem a um grupo de pessoas que são normalmente invisíveis aos olhos da nossa sociedade – o dos cidadãos chamados deficientes. Uma história de amor poderosa e comovente e um testemunho que mudará necessariamente para sempre em quem o ler o olhar em relação a estes nossos concidadãos. Isabel Rute Barata nasceu em Luanda em 1967, mas veio para Lisboa antes dos dois anos de idade. Licenciada em Economia em 1993, exerceu a profissão, na área Administrativa e Financeira, durante cinco anos, até problemas ósseos a terem obrigado a reformar-se por invalidez. Começou, desde 1992, a trabalhar na área do voluntariado e a dedicar-se ao desenvolvimento pessoal, o que faz até ao presente, consciente da sua missão e do seu papel na criação de bem estar social. Manuel António Matos nasceu em Julho de 1955. Em virtude de uma doença degenerativa e progressiva ao nível muscular, nunca chegou a caminhar. Licenciou-se em Germânicas em 1977 e foi professor do Ensino Secundário durante 28 anos, até a atrofia espinal progressiva o ter impedido de continuar. Tradutor de inglês e alemão, foi ainda co-fundador da APN – Assoc. Portuguesa de Doentes Neuromusculares e director da revista da APN. «Hoje, vivo para ser feliz e para dizer que a felicidade é sempre possível e que desistir de lutar por ela é um erro sem sentido.» Testemunho escrito a quatro mãos que é um grito pela dignidade e pelo direito ao amor, ao afecto, à sexualidade, a uma vida inteira e normal.
Testemunho de quem já leu o livro
Unidos no Amor Contra a Indiferença é uma história que conta parte da vida de dois seres humanos que não se rendem ao seu imobilismo próprio, e que apesar das suas limitações e pressões sociais não desistem de investir nos seus sonhos….
Unidos no Amor Contra a Indiferença é um grito de dignidade: é um livro que “abre os olhos” à nossa sociedade acomodada e formatada de ideais e valores, onde a diferença nem sempre é aceite, compreendida e dado o espaço e oportunidades iguais, limitando até os sonhos… como é apontado constantemente a um dos autores do livro que sonha “agarrar a Lua”… até projectos idealizados acabam por ser reprimidos.
É uma história de dois cidadãos portadores de deficiência – um professor e uma economista — cidadãos comuns, (gostaríamos que todos os vissem assim!) que decidiram traçar o seu próprio caminho afectivo e que lutaram por construir um futuro a dois, pese embora as suas graves limitações e dependências, debateram-se sempre pelo seu direito à dignidade, autonomia, liberdade e a viver o amor!
Vera, desculpa a minha ausência. Agora que coisas acalmaram, vou vir mais vezes a este cantinho de todos nós.
Este livro é fabuloso! Identifico-me com muitas passagens. É a realidade pura.
Numa altura em que tantas pessoas procuram livros de auto-ajuda, aqui têm um excelente exemplo, com uma grande diferença. Não é ficção, suposições, faz de conta.
Fica bem
Não precisa se desculpar… Sei muito bem dos seus compromissos e das suas lutas.
O livro é fabuloso mesmo, Eduardo! Ele nos inspira e nos encoraja!
Abraços!