Sugestão Cultural – Livro: Olhe nos meus olhos
Como durante duas semanas falamos sobre a Síndrome de Asperger, a sugestão Cultural de hoje, é o livro “Olhe nos meus olhos” de John Elder Robison da editora Larousse.
“Olhe nos Meus Olhos” é a tocante narrativa e bem-humorada de alguém que cresceu com a Síndrome de Asperger numa época em que esse diagnóstico não existia.
O livro retrata a história de John Robison, que desde criança tinha dificuldades em relacionar-se com outras pessoas. Na adolescência, os problemas se agravaram e, apenas, aos 40 anos foi diagnosticado por um atento terapeuta: tinha uma forma de autismo chamada Síndrome de Asper. Essa súbita compreensão transformou a maneira como Robison se via – e como via o mundo.
Abaixo uma resenha crítica de Raquel Linhares do blog “Histórias para ler“.
“Olhe nos meus olhos” é uma autobiografia de John Elder Robinson, portador da Síndrome de Asperger. Uma breve explicação: a Síndrome de Asperger é um grau mais leve de autismo, que foi reconhecida e classificada como transtorno mental a menos de 20 anos. Na época da infância e juventude de John, hoje com 54 anos, não havia o diagnóstico deste transtorno e ele nos conta como foi sua vida sem saber da sua condição.
John era de uma família que tinha tudo para ser perfeita: o pai era professor de uma universidade renomada e a mãe cuidava dele e seu irmão mais novo. Porém, a predisposição do pai ao alcoolismo e à depressão, juntamente com a fraqueza mental da mãe (que foi internada diversas vezes em sanatórios) e a incompreensão de ambos do porquê o filho agia de modo estranho fez de sua vida um inferno sem fim até que ele completou 17 anos e saiu de casa.
“Descobri a Síndrome de Asperger aos 28 anos”
A escola e a busca pela integração do aluno com Síndrome de Asperger
Assim como muitos autistas e portadores de Asperger, a falta de tato social era compensada com uma genialidade incrível no campo da ciência. John tinha extrema facilidade com eletrônica, tendo trabalhado no laboratório da universidade que seu pai lecionava desde criança consertando aparelhos eletrônicos. Apesar deste dom, John preferiu não se graduar na faculdade, mal tendo terminado o ensino médio com notas medianas. Porém, essa habilidade o possibilitou sair de casa, voltando seu dom para a música, onde foi capaz de produzir efeitos sonoros e visuais de guitarra e amplificação, trabalhando e viajando com bandas como Kiss e Pink Floyd.
Além destas experiências incríveis trabalhando e sendo reconhecido por bandas renomadíssimas do rock, John também conta fatos cotidianos praticamente desde que ele possui memória. Ao contar ele se lembra, sente novamente e nos faz sentir como era difícil ser incompreendido. Ele, assim como a maioria dos portadores de Asperger sabe que age de modo estranho e gostaria muito de agir de modo dito normal, porém não consegue, simplesmente não sabe como.
Ao longo da sua vida o autor foi observando e repetindo o que era considerado socialmente aceitável até que um amigo psiquiatra, observando hábitos peculiares como o amor exacerbado por máquinas e o fato de John não olhar nos olhos de quem conversa, o diagnostica já aos 40 anos. A partir de então, John, que já se esforçava para levar uma vida normal com esposa, filhos, emprego estável e amizades duradouras, começou a ter ciência e a compreender seu comportamento, escrevendo sua biografia ao final dessa jornada de autoconhecimento.
Mais informações sobre o livro, acesse o site http://www.larousse.com.br/
Fone: 0800 772 2120
Parece ser bem interessante…
Verinha, vc já leu "O filho eterno"? Eu estou querendo ler este livro já faz um bom tempo… vou ver se consigo nestas férias…
Um lindo fim de semana para você!!
Beijos!!
Querida Regina,
Ainda não li esse livro. Valeu a dica!! Postarei como sugestão cultural na próxima semana. Beijos!
Meu neto está com 15 anos .foi diagnosticado síndrome de Asperger aos 8 ou 9 anos.
não consegue escrever manualmente ,só digita. é aluno da APAE de Itabira.Instituição
a qual tenho o maior respeito .
Gostaria de saber se existe no Brasil alguma outra instituição voltada mais diretamente
para o autismo ou síndrome de ásperger.
Aqui deixo minha admiração por este blog que nos pode ajudar a compreender muito mais coisas para melhora da vida dos nossos autistas.
meus sinceros agradecimentos.
Recy