Taxista investe R$ 80 mil para adaptar carro com rampa e oferecer acessibilidade a cadeirantes em Manaus
Taxista de Manaus decidiu adaptar o carro em que trabalha, com o intuito de facilitar a locomoção de cadeirantes que moram na cidade.
Muito é discutido sobre inclusão de cadeirantes em locais públicos como rampas de acesso, por exemplo. Um taxista de Manaus foi além e decidiu adaptar o carro em que trabalha, com o intuito de facilitar a locomoção de muitos cadeirantes que moram na cidade. “A única dificuldade que eles dizem ter é de sair da cama para a cadeira”, diz o motorista.
Francisco Clerton, de 40 anos trabalhou como taxista por cerca de 4 anos de sua vida. Em determinado momento, ele decidiu largar as corridas e virar motorista particular de uma de suas clientes, que é cadeirante. A exclusividade durou cinco anos, até que decidiu voltar ao taxi.
“Eu assistia televisão um dia e vi um carro adaptado para cadeirantes. Pensei em voltar a ser taxista, mas queria voltar com um carro desses, porque vi que Manaus necessitava. Então, eu fui atrás de como conseguir um”, conta.
Clerton descobriu que havia uma empresa que adaptava carros para cadeirantes em São Paulo. Para ter menos gastos, ele comprou o carro e mandou para a empresa. Ao total, ele gastou R$ 80 mil: R$ 50 mil para o carro e outros R$ 30 mil para a adaptação, financiados por um Banco. Tudo para trazer o diferencial para os cadeirantes.
O taxi adaptado acomoda três pessoas nos bancos de trás e uma na frente, em uma corrida normal. Com a adaptação, dois dos bancos traseiros se fecham, para que o cadeirante entre por uma rampa que se abre pela porta traseira do carro.
De São Paulo até Belém, o carro veio em uma “cegonha”. De Belém para Manaus, veio em uma balsa. O taxi adaptado de Clerton chegou oito meses depois e, no dia 23 de dezembro, começou a rodar nas ruas da cidade. O que ele não esperava era que muitas pessoas se interessasem pelo serviço dele.
“Tem bastante gente que entra em contato pelo WhatsApp ou liga. Muitos ligam perguntando se é verdade. Eu digo que sim e explico como funciona. Tento trazer uma facilidade para eles se locomoverem. A única dificuldade que eles dizem ter é de sair da cama para a cadeira”, disse.
Mesmo com o diferencial no serviço, Clerton comentou que não costuma cobrar mais caro. O valor das corridas é calculado no já conhecido taxímetro.
Atualmente, o taxista conta que já tem cerca de 40 clientes fixos que costumam entrar em contato com ele sempre que precisam. Desses, ele afirma que a maioria são cadeirantes e, os outros, parentes que se surpreendem com o carro e pedem o serviço dele. Clerton segue todos os dias pelas ruas de Manaus com seu serviço para cadeirantes e quem mais precisar.
Fonte: G1
Parabéns a esse taxista por cobrar tarifa igual, nem sempre o cadeirante tem condições mas tem sempre necessidades. Aqui em São Paulo custa umas cinco vezes mais caro que o táxi comum.
Minha mãe é cadeirante pois ficou com sequelas após um AVC no início da pandemia em 2020. Nesses anos, a minha maior dificuldade enquanto cuidadora é o transporte; minha cidade, não diferente de muitas aqui no Brasil, não oferece acessibilidade em táxi ou uber, isso é muito triste. Meu maior sonho é comprar um veículo para o conforto da minha mãe, como conhecedora dessas dificuldades, gostaria também de empreender nessa área e oferecer serviços para facilitar a vida de outras pessoas que carecem desses cuidados.
Gostaria de obter o contato desse moço para trocar ideias, quem puder me ajudar por gentileza.