Três anos após lesão, ex-ginasta Laís Souza revela que maior desejo é “ter um dia completo sem dor”
O ‘Mariana Godoy Entrevista’ recebeu no dia 14 a ex-ginasta Laís Souza. Três anos após o acidente que a deixou tetraplégica, Laís comentou sobre sua luta diária e afirmou que o que mais almeja neste momento é “ter um dia completo sem dor”. “Tenho que cuidar dos pontos de pressão porque fico muito tempo sentada, então estou sempre mudando de lugar e posição. A cada duas horas pelo menos alguém precisa me virar e sinto bastante dor nas mãos, costas, bumbum, no pé”, comentou.
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Tendo dado início ao tratamento com células-tronco nos Estados Unidos, ela comparou as condições do país norte-americano com as do Brasil: “Sinto muita diferença. Lá eu ando aonde for. Os restaurantes são adaptados, banheiros possuem um tamanho bom, a própria higiene, a limpeza. Hoje uso sonda pra ir ao banheiro, por exemplo. Então aqui é sujo, tem muita bactéria, tenho que tomar muito cuidado para não me infectar”.
Cogitando disputar uma Paralimpíada futuramente, Laís, que participou de duas edições de Jogos Olímpicos (em Atenas e Pequim), considera a bocha uma possibilidade e disse que se vê dentro do esporte novamente. “Sempre gostei muito de competir, de estar no meio da galera, dos melhores do mundo. É possível, quero muito poder estar lá dentro para conhecer, para ver se eu consigo me encaixar de novo e me apaixonar de novo por um outro esporte”, afirmou.
A ex-ginasta explicou para a apresentadora o motivo de escolher um homem para ajudá-la nas tarefas diárias. “Pensei na força que é necessária para me tirar na cadeira, colocar no carro, na cama e deu certo. Foi Deus quem colocou William na minha vida”, afirmou ao elogiar seu cuidador, William Campi, e classificá-lo como “amigo”. Ela ressaltou, também, que se sentiu um pouco intimidada no começo e que foi difícil, mas que agora “ele já pegou minhas manias e meu jeito. Está 100%”.
Sobre os planos para o futuro, ela revelou que pensa em formar uma família e ter filhos. “Eu poderia ter um bebê. Se eu ficasse grávida, precisaria de uns três Willians, mas já parei para pensar mil vezes, pois queria uma ‘Laisinha’ para mim”.
Nossa legal demais Lais, uma atleta fantástica. Que bom que ela está superando. Parabéns. Deus a abençõe.