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Vagas exclusivas: falta de respeito e abuso de rotina nos shoppings em SP

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Jornal Diário do Comércio

Caro leitor,
A matéria abaixo foi extraída do site Diário do Comércio.

Por Carlos Ossamu

A solidariedade e o amor ao próximo já não são muito praticados no resto do ano: pessoas normais deixam seus carros em vagas para deficientes e idosos e saem saltitantes pelo estacionamento. Imagine então nesta época do ano, em que shopping e supermercados estão superlotados

Em abril deste ano, um vídeo com o título “Esta vaga não é sua nem por um minuto!” fez grande sucesso na internet e nas redes sociais. O filme, de quase dois minutos, mostra o estacionamento de um supermercado lotado, mas em algumas vagas estão cadeiras de rodas com bilhetes grudados. As pessoas que tentam estacionar saem dos carros curiosas, leem e comentam umas com as outras. Até que uma mulher, indignada, desce do carro e empurra a cadeira fora da vaga. O bilhete dizia: “Peguei o carrinho elétrico do mercado e precisei deixar minha cadeira aqui. Volto em 1 minuto.” Trata-se de uma inversão de situação, pois quase sempre o motorista que é flagrado estacionando em vagas exclusivas para deficientes físicos e idosos solta a célebre desculpa de que “é só por um minuto”.

O filme foi criado pela agência de publicidade TheGetz, de Curitiba, logo após um incidente que chocou os curitibanos: em março, Mirella Prosdócimo, que ficou tetraplégica após um acidente, estava no estacionamento de um supermercado, quando uma mulher com crianças estacionou na vaga para deficientes físicos. Ao observar que a motorista não era deficiente, Mirella a alertou sobre a exclusividade da vaga e recebeu a velha resposta de que era só um minuto. O gerente do supermercado foi procurado, mas disse que não podia fazer nada e que não queria perder clientes por isso; a Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) foi contatada, mas demorou horas para enviar um fiscal. Indignada, Mirella aguardou a volta da motorista e disse que essa atitude era um péssimo exemplo para as crianças. A motorista agrediu Mirella verbalmente e teve de ser contida por várias pessoas para que não a agredisse fisicamente.

Segundo a pedagoga Vera Garcia, que mantém o blog Deficiente Ciente (www.deficienteciente.com.br), se durante o ano é comum o desrespeito às vagas exclusivas, no fim do ano a situação piora, já que os supermercados e shopping centers estão lotados. “Falta uma campanha educativa em meios de comunicação de massa para que as pessoas não utilizem essas vagas indevidamente. O problema é de educação. Muitas pessoas ainda acham que o deficiente é um inútil e deve ficar em casa”, desabafa Vera, que é amputada. Em seu blog, há a reprodução de várias matérias sobre o tema, principalmente quando viram casos de polícia, com o do delegado que agrediu um cadeirante em São José dos Campos no começo do ano ou de um pai de uma cadeirante que foi agredido com uma barra de ferro no ano passado no Rio Grande do Sul, após discutir com um motorista que ocupou uma vaga para deficientes.

Mobilização na rede

Ronaldo Caparroz Garcia
Ronaldo Caparroz Garcia

A pedido do Diário do Comércio, Vera colocou um post em seu blog informando que o jornal estava desenvolvendo uma matéria sobre vagas exclusivas para deficientes em shopping centers e supermercados. Vários leitores do blog entraram em contato, contaram suas histórias e deram opiniões.

Para do cadeirante Ronaldo Caparroz Garcia, escrevente técnico judiciário do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, o drama maior está nos supermercados. “Moro no Brás e frequento o Atacadista Roldão e o hipermercado Extra. As vagas para deficientes e idosos estão marcadas com o símbolo internacional, mas estão sempre ocupadas, quase sempre de forma indevida por falta de fiscalização e falta de educação das pessoas”, comenta Garcia. “No fim do ano a situação piora e como eu tenho um carro adaptado, preciso conseguir um espaço equivalente a duas vagas para conseguir tirar a cadeira de rodas. Se conseguir uma vaga já é difícil, imagine duas. Não é à toa que as vagas para deficientes são maiores e estão mais próximas à porta”, diz Garcia. “Quando vejo alguém usando a vaga exclusiva indevidamente, procuro alertar a pessoa. Alguns pedem desculpa, outras dizem que não viram e tem aqueles que ignoram”, conta.

Já em relação aos shopping centers, Garcia diz que a situação é melhor que nos supermercados. “Frequento muito o Shopping Tatuapé e lá há vagas exclusivas que são guardadas por correntes. Na entrada do estacionamento, basta avisar o segurança pelo interfone, que alguém estará lá aguardando para retirar a corrente e ajudar a tirar a cadeira de rodas. Mas qualquer um pode ir lá e tirar a corrente, já vi gente fazendo isso”, observa Garcia.

Uma solução semelhante foi adotada pelo shopping Anália Franco, só que com cavaletes para isolar as vagas. Os cavaletes são retirados após o cliente se identificar para o segurança. Em nota, a administração do shopping explicou que o isolamento das vagas para pessoas com deficiência foi adotado há dois anos e a de idosos há um ano. A iniciativa partiu do shopping, que viu a necessidade de intensificar o controle dessas vagas especiais e conscientizar os demais usuários. A administração disse ainda que, das 4.106 vagas disponíveis no estacionamento, 3% são destinadas a pessoas com deficiência física e 5% para idosos.  Caso algum cliente retire o cavalete indevidamente e estacione o carro, um folheto explicativo é colocado no veículo, o que o shopping chama de “multa moral”.  O shopping Anália Franco também oferece o empréstimo gratuito de cadeiras de rodas motorizadas, que pode ser retirado no estacionamento do piso G1. A administração do shopping informou ainda que, caso as vagas exclusivas estejam lotadas, o cadeirante pode usar o estacionamento vip pagando o preço normal.

Luís Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Alshop – Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping, afirma que todos os shopping centers estão seguindo a legislação, reservando de 2% a 5% das vagas para deficientes físicos e idosos, e que as vagas são sinalizadas. “O agente de trânsito não pode multar o motorista em lugares privados. A maioria dos shoppings tem feito a fiscalização e alertado os motoristas quanto ao uso dessas vagas”, diz Silva.

Abuso de autoridade

O consultor Jaques Haber ligou para a redação para contar que no feriado do dia 15 de novembro, ele e a esposa Andrea Schwarz , que é cadeirante, foram ao Shopping Cidade Jardim e no estacionamento viram um carro de luxo estacionar na vaga para deficientes, que como manda a lei fica próxima à porta de entrada. “Perguntamos à motorista se ela sabia que ali era uma vaga exclusiva para deficientes. Ela disse que estava com a mãe, que era idosa. Realmente, havia uma senhora aparentando pouco mais de 60 anos, mas que usava salto alto e não demonstrava nenhuma dificuldade em caminhar”, conta Haber. Ele e a esposa são sócios da consultoria i.Social, com foco na inclusão social e econômica de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

A discussão continuou: “Argumentei que no caso, ela deveria procurar uma vaga para idosos, já que algum deficiente físico poderia precisar da vaga, que são maiores que as demais para facilitar o desembarque e a montagem da cadeira de rodas. Disse que esse direito estava previsto em lei. Foi quando ela ficou mais agressiva, disse que era procuradora e que ninguém ali iria discutir lei com ela”, diz Haber. “Ela não se identificou, mas se era realmente procuradora, ela deveria dar o exemplo e respeitar a legislação. Várias pessoas estavam acompanhando a discussão e muitas nos apoiaram. Procuramos a segurança do shopping, mas eles disseram que não podiam fazer nada, e nada foi feito e o carro daquela senhora ficou ocupando a vaga de deficiente”, afirma Haber.

Contatada pela reportagem, a administração do Shopping Cidade Jardim enviou a seguinte resposta:
No dia 15/11/2011, por volta de 15h, dois clientes do shopping que estavam no 1º subsolo informaram a um vigilante do estacionamento que uma pessoa havia estacionado o carro irregularmente em uma vaga reservada para portadores de deficiência.
Em atendimento a solicitação, o vigilante conversou com a motorista, que era idosa e havia estacionado na vaga para portadores de deficiência. Ao ser informada que a vaga não era para idoso, e solicitado que o veículo fosse retirado e estacionado em local apropriado, a cliente recusou-se a mover o veículo. Durante a orientação do vigilante, os clientes que haviam relatado o desrespeito à vaga especial se aproximaram e houve uma pequena discussão entre eles no hall dos elevadores e a cliente idosa tomou o elevador com destino ao shopping. Questionado pelos reclamantes sobre o que seria feito, o vigilante informou que passaria as informações para central de segurança, uma vez que a cliente havia se recusado de retirar seu veículo. Posteriormente, foi aplicada a “multa moral” no veículo irregular, implantada no Cidade Jardim em 2009.
A “multa moral” a que se refere o shopping é um cartão informando o motorista de que ele parou em uma vaga exclusiva para deficientes físicos e caso ele não seja portador de deficiência ou tenha mobilidade reduzida, que no futuro ele não pare em vagas dessa natureza. Caso ele seja deficiente físico, deverá providenciar o Cartão – DeFis – DSV.

Frequentador assíduos de shopping centers juntamente com a esposa, Haber  possui um carro adaptado. Em shoppings como o Iguatemi e o Pátio Higienópolis eles podem utilizar o estacionamento com manobrista. “No Iguatemi pagamos o preço do estacionamento convencional e no Higienópolis o estacionamento é de graça, mas é preciso fazer um credenciamento. É uma boa solução, mas percebo que falta treinamento adequado aos funcionários para dirigir carros adaptados e também para montar a cadeira de rodas”, alerta o consultor.

Jornal Diário do Cmércio

Acesse aqui para ter acesso ao conteúdo do jornal Diário do Comércio –  Edição Especial de Natal.

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Vera Garcia

Paulista, pedagoga e blogueira. Amputada do membro superior direito devido a um acidente na infância.

5 comentários sobre “Vagas exclusivas: falta de respeito e abuso de rotina nos shoppings em SP

  • Amigos (as) o Ministério Público de São Paulo tem um (TAC) Termos de Ajuste de Conduta com 22 shoppings aqui capital para obrigar esses estabelecimentos a proteger vagas para pessoas com deficiência os termos prevêem o uso de correntes, cones de plástico ou até deslocamento da vaga para a área vip dos estacionamentos.

    Mas o maior problema do desrespeito a essas vagas é a falta de conscientização da nossa sociedade que infelizmente usam a Lei do “Gerson” querem levar vantagem em tudo sem pensar no mau que estão causando aos outros.

    Entendo que o Ministério Público de São Paulo fez a parte dele, mas o que acontece hoje? Estive no Shopping de Itaquera para observar se esse (TAC) estava sendo cumprido, estacionei meu veiculo na vaga especial em um bolsão protegido por correntes, sai do carro e fui para longe do estacionamento para observar se aquele bolsão de vagas especiais estava atendendo o (TAC), pois bem, para minha decepção pessoas andantes sem nenhuma deficiência aparente paravam seus carros em frente ao bolsão de vagas especiais desciam de seus carros retiravam as correntes entravam no bolsão e estacionavam nas vagas reservadas para pessoas com deficiência e nas vagas reservadas para idosos, pensei comigo MEUUUUUU DEUS como pode ter gente fazendo uso dessas vagas especiais na maior cara de pau?

    Pensei comigo vou reclamar com os seguranças eles não podem permitir uma coisa dessas!!! Lá vou eu, chamei os seguranças e os questionei, Eu disse a eles, Os senhores não podem deixar pessoas que não tem deficiência e que não seja idoso estacionarem nas vagas reservadas? Existe um TAC com o MP e deve ser cumprido os senhores sabem disso? Os seguranças muito respeitosamente Disseram: Meu senhor o senhor tem toda razão, Nós fazemos o possível para preservar essas vagas, mas a cada 100 pessoas que tentamos impedir de estacionar nessas vagas 70 não nos respeitam e muitas dessas até nos agride com palavras e até nos ameaçam, nós ficamos em situação muito difícil, disseram os seguranças, Eu disse a eles Chamem a Policia, me responderam se fizermos isso seremos mandados embora, fora o risco que corremos de ser agredidos depois da confusão formada.

    Conclusão? Não da para culpar esses seguranças que ficam acuados entre os que desrespeitam as Leis e seus empregadores que sempre vão dar razão aos clientes mesmo eles estando errados, Os seguranças são trabalhadores educados e honestos que estão ali trabalhando para garantir o sustento de suas famílias, fica aqui a duvida, Como garantir que essas vagas sejam de fato respeitadas?

    O mais grave de tudo é a falta de respeito e a falta de educação dos cidadãos, falta muito trabalho de conscientização para que um dia essas vagas sejam de fato respeitadas.

    Talvez se colocar na Lei Exemplo: O cidadão que estacionar em vagas reservadas esteja elas onde estiver será considerado infração gravíssima o cidadão pagará multa com um valor alto de ($$$) e perderá pontos na CNH, terá o carro guinchado recolhido para o pátio sob pena de pagar o Guincho e a estadia do carro no pátio do DETRAN.

    Quem sabe com uma lei dura a educação não aflore nesses “cidadãos”?

    Valdir Timóteo
    Movimento Inclusão Já

    Resposta
    • Valdir,
      Aqui em Campinas acontece o mesmo. Em 2009 um dos vereadores da cidade, solicitou a aprovação de um projeto em que os órgãos municipais de trânsito teriam o poder de fiscalizar, multar e recolher veículos que estivessem estacionados em vagas de idosos e pessoas com deficiência, em shoppings, hipermercados, etc. Achei a ideia super interessante, entretanto o executivo vetou o projeto, porque certamente eles não ganhariam nada com isso. Infelizmente a maioria dos políticos não querem comprometimento e só agem em benefício próprio.

      Bjs,

      Resposta
  • Caros amigos. O que falta no Brasil eh uma punição efetiva. No mercado Stival da Brigadeiro FRanco em Curitiba, há duas vagas preferencias na porta de entrada. Adotaram a tal placa que a gente deve tirar pra estacionar o carro. Toda vez que eu tentava estacionar, não havia uma alma pra tirar a placa da vaga pra eu entrar com o carro. Acho que isso não funciona. No park shopping Barigui tb em Curitiba, as vagas são abertas e sempre tem carros sem autorização de estacionamento preferencial. Eu fico me perguntando, se vale a pena ir na URBS fazer o tal cartão que deve ser renovado a cada 2 anos, eu perdi tempo, fiquei esperando e esse cartão eh inútil..
    O que precisamos eh que haja multas que realmente doam no bolso dos infratores… Mas para um pais que libera motorista assassino alcoolatra, imagine para infratores de vagas preferencias.
    Nao eh querer ser esnobe, mas enquando eu estou aqui nos Estados Unidos, jah vi o carro da policia ficar de butuca nas pessoas que estacionam irregular. Dentro do metrô EH LEI dar lugar para deficientes e gestantes. Não tem uma vez que eu vah pra Manhattan e não recebo um banco de alguém… Sempre oferecem. Mas porque? Por que aqui eh LEI se vc não respeita eh punido de forma efetiva e severa.. Nao tem parente politico nem filhinho de papai pra resolver.. Pobre ou rico cumpre igual…

    Resposta
  • Vaga para idosos eu acho um tanto inconveniente. Eu conheço alguns ex-colegas de trabalho do meu falecido avô que, apesar de octogenários, chegam a ter uma mobilidade melhor que a do meu pai (que além de ter ficado com uma perna mais curta acabou com alguns problemas vasculares nas duas pernas e tem a flexibilidade dos calcanhares bem limitada).

    Resposta
  • Como já falaram tudo sobre as vagas… aproveito para falar de carrinhos motorizados que em descumprimento às leis os shoppings e supermercados não disponibilizam para nós deficientes e por isso tenho que me deslocar para bairros distantes onde encontro respeito às leis

    Resposta

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